terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Doutrina a moda da casa

Esses dias, como já disse a vocês, tenho meditado sobre a carta de Paulo aos Colossenses. Uma das cartas da prisão. Tenho ficado encantado com a riqueza do texto, e pretendo expor alguma coisa do que estudei aqui. No entanto, uma coisa me chamou a atenção. A heresia de colossos é uma heresia dogmática. O Problema em colossos não é liturgia é doutrina.

Lembrei-me de escrever esse post hoje, lembrando-me dos poucos minutos onde estive conversando com o querido Rev. Aurivan Marinho, que é o mui-digno presidente nacional da amada Aliança Congregacional do Brasil, que também me lembrou de outro importantíssimo detalhe. Disse ele: o problema da Igreja Brasileira é uma crise na Dogmática. Concordei com ele de imediato. Ele está certo. Mas hoje, ainda refletindo o que o amado pastor disse, percebi que o problema é mais serio do que minha cabeça de estudante consegue imaginar.
Parte da fala do Rev. Aurivan, deixou claro isso. Toda vez que a Igreja se afasta da Dogmática ela só tem uma coisa como resultado: apostasia. Comecei a refletir e me lembrar do tanto de Denominações nesse país que acabam por não ter uma solida base em sua dogmática e começam a sucumbir a todo tipo de “histórias de velhas caducas” e por aí a fora. Estamos vendo o desmoronamento de denominações outrora ortodoxas, hoje se alimentando da lamacenta teologia liberal, se é que esse vomito de satanás pode ser chamado de teologia.

Estamos vendo Pastores outrora defensores de moral, dos bons costumes da teologia pastoral e se declinarem sobre o trigo podre da teologia da prosperidade, se é que esse culto ao homem pode ser chamado de teologia. Analise a Reforma. Além de voltar as Escrituras, os reformadores reformularam a Dogmática. Só assim a Igreja pode produzir confissões e catecismos e outros matérias que hoje se encontram nas prateleiras de muitas bibliotecas, porém cobertas com a poeira do esquecimento. Quando abandonamos a dogmática, abandonas a teologia que é bíblica. As doutrinas não são lucubrações de nossas cabeças. Não! Pelo contrario, são as raízes de nossa fé reveladas à nós por um Deus Soberana.

Para onde vamos? Onde isso vai parar. Deixe-me dar um exemplo para concluir. Esses dias colocaram um vídeo na Internet, onde um desses pastores que prega em Comburiu, derramar dois litros de óleo em si próprio na intenção de ter unção para dar ao povo. Amo meus irmãos Pentecostais, mas não acredito que isso seja um bom entendimento da doutrina do Espírito Santo. Falta Dogmática. Que Deus nos ajude a lembrar que uma Igreja cheia do Espírito Santo tem que ser também uma Igreja que “persevera na doutrina”.
Sola Scriptura!!!


domingo, 15 de dezembro de 2013

Um Fiel Ministro de Cristo

Estou me preparando para iniciar o ano de 2014 fazendo uma exposição da Carta de Paulo aos Colosensses. Como bom pregado expositivo, sempre prego serie de mensagens na Igreja, por que acredito que o Sola Scriptura traz implícito o Tota Scriptura. Dois fatos me encantaram novamente. O Primeiro, exposto melhor na fala do nosso querido Rev. Hernandes Dias Lopes, que diz, em outras palavras, que “o fato de Paulo nunca ter ido a colossos revela somente o poder do evangelho”. O Outro fato, é que a Igreja foi fundada debaixo da chancela do ministério do Santo Apóstolo através do serviço de um homem chamado Epafras, segundo Paulo “um fiel ministro de Cristo”.

Quantas cartas existem com o autografo (escritas por) Epafras? Por que o nome dele não é citado com mais vigor em nossos dias? Por que não existe a preocupação até nossa que pregamos o evangelho de forma seria e bíblica, um estudo ou aplicações acerca deste servo de Deus? Eu explico! Nós também caímos na doença do grande. Esquecemos que a busca que um verdadeiro ministro de Cristo deve ter é por fidelidade. Alguns eruditos dos quais eu li dizem que é provável que Epafras fosse um diácono. Bem diferente do que temos hoje.
Perceba, muitas vezes dentro de nossas denominações históricas temos homens que desejam somente o poder. Tornando extremamente difícil o trabalho daquele que querem fazer a obra de Deus de forma fiel. O que falar cobre o que ocorre lá fora? Apóstolos, Patriarcas, Papa, Vice Espírito Santo. Tem tanta coisa que perdemos o simples referencial de servir por amor. Servir por querer ver almas rendidas aos pés de Cristo. Abandonando a 
Idolatria, ou o culto a personalidade.

Enquanto muitos de nós queremos algum título com o qual sejamos lembrado, Epafras, foi chamado de conservo pelo grande bandeirante do Cristianismo. Enquanto queremos formar imperiozinhos em nossas paróquias ou até dioceses, para meus irmãos e conservos da comunhão Anglicana, esse homem saio do anonimato e entrou na história para ajudar o apóstolo a lutar contra a heresia que mais perto chegou de derrubar o Cristianismo.
Que Deus nos ajude! Que Deus levante mais homens como Epafras, que possam ser chamados de fiel ministro de Cristo.

Sola Scriptura!!!


Obs.: Aconselho a quem mais quiser saber sobre ele que pesquise. Meu artigo é mais uma aplicação do que um estudo. Se aceitar o conselho, bom mergulho nas riquezas da escritura.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

E a Igreja?

Deixemos uma coisa bem clara a inicio de conversa: a teologia da Igreja é bíblica! Desculpem-me os desigrejados, mas vocês querem provar o que? Vocês acham que podem agredir a instituição só por que Jesus não veio fundar uma instituição? Engraçado é que ele institui princípios. Princípios que regem a Igreja. Princípios os quais não tem margem de erro e tem enriquecido Psicossocialmente o homem como ser completo.
Quero lhes apresentar uma frase que li há alguns dias, mas que diz tudo em poucas palavras.

“O que determina se a Igreja é cheia do Espírito Santo, não são seus números, mas o quanto de Bíblico há em suas ações”.

Preciso dizer que tomei essa frase para mim e fiz dela uma lei de tal forma que não lembro o nome do autor da frase, mas posso afirmar pelo teor dela que é alguém que pensa biblicamente sobre a Igreja. Aliás esse é o grande abismo na Teologia Brasileira. Pensamos pouquíssimo de forma bíblica. Nosso pensar tem sido dogmático (não crítico), místico, sincrético e até religioso. Só não tem sido bíblico. Os lideres que muitas vezes um povo vazio de boa teologia coloca no poder, tem tomado tantos posicionamentos estranhos a Sã doutrina, que fica evidente o afastamento deles da Teologia Bíblica e seu relacionamento “extraconjugal” com práticas mercadológicas.

Voltemos então para a Igreja. Só para focarmos em um assunto, vamos entender o que nós usamos hoje. Não sei se você já percebeu que a teologia que mui os dos nossos seminaristas leem foi pregada no Púlpito. Knox, Calvino, Lutero, Lloyd-Jones, Stott e tantos outros usavam a teologia que hoje nós usamos como comentário no púlpito. O que aconteceu? Que caminho nós tomamos? A teologia desses homens era densa forte nutritiva. Nossa teologia (teologia vigente na Igreja brasileira) é nutritiva com um gigantesco pacote de Miojo. Podíamos até denominá-la de teologia do Miojo. Instantânea, porém sem nutrientes.

Do jeito que as coisas andam na Igreja Brasileira, é necessário que entendamos que estamos sendo péssimos mordomos do que Deus nos deu. Em toda a história da Igreja, Deus sempre permite que um grupo de nós fique livre de perseguições, justamente para das forças ao grupo perseguido. No Brasil, estamos jogando nossa liberdade fora por que não estamos entendendo o que é de fato Liberdade em Cristo. Dançamos, gritamos, extravagamos, no entanto, precisamos voltar ao evangelho. Resgatar a sã doutrina.

Precisamos parar de respeitar herege. Precisamos voltar a respeitar pessoas humildes e homens que sejam ministro e não estrelas. Aliás, as estrelas precisam voltar a brilhar fora dos nossos rincões. Nossas trincheiras que outrora eram repletas de heróis da fé. Hoje nos satisfazemos com qualquer fenômeno gospel, que não tem nem gabarito para representar o povo. Estamos na era do Pão e circo, e no circo somos participantes.

Precisamos de avivamento e isso é um fato concreto. Deus nos ajude, por que acredito que somos a Igreja do Avivamento, por que Igreja de avivamento busca avivamento. Nós queremos que meia dúzia de pessoas sejam detentoras do poder ou do respeito que não deveria ser dado a um homem só.

Ecclesia Reformata et Reformando Est

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A gente guenta


Esses dias tenho escutado muito a mesma informação de diferentes formas, de diferentes pessoas, mas com a mesma preocupação, acerca da crise pastoral na Igreja atual. A informação é bem simples, podendo você discordar dela ou não. Essa época será uma das mais difíceis de exercer ministério pastoral.
Duas perguntas eu me faço: primeiro quem disse que foi fácil algum dia? E segundo, por que será mais difícil do que já é? Tenho visto uma onde de obreiros andando na contra mão do ministério para o qual foram vocacionados. Jovens seminaristas querendo ensinar a obreiros mais velhos como serem pastores. Tudo bem que Deus levantou Samuel para exortar o velho sacerdote Eli, no entanto, humildade nunca é demais. Estamos sendo arrogantes onde deveríamos ser humildes, e omissos onde deveríamos falar.

Ser Pastor nunca foi fácil. Ser chamado para o sagrado ministério nunca foi para fracos ou espertalhões. Pense comigo quantos desocupados Deus chamou? Quantos desempregados Jesus vocacionou para serem apóstolos? Bem diferente de hoje que essa onda apostólica está ordenando qualquer ator de picadeiro para ser Pastor, aparados na desculpa de que “quem estar diante das multidões tem que ser pastor”.

Por outro lado, o secularismo tem tornado tudo muito difícil para a fé. Não importa se você vai ser Pastor, Diácono, Presbítero ou Bispo. No que se diz respeito a fé, tudo tá muito difícil. Existe um detalhe que normalmente as pessoas que vem conversar comigo acabam por esquecer. Primeiro, Pastor foi feito para viver na dificuldade. Esse negocio de vida fácil pra Pastor só funciona na cabeça vazia da desgraça da teologia da prosperidade, que eu não sei que inventou que esse câncer do inferno no seio da Igreja. Ela é contraria a tudo que é doutrina, aos solas da reforma.... Voltando a questão da vida pastoral devemos nos lembrar do que é real.

Não quero dizer que as dificuldade não são reais, mas preciso trazer a memória o que me da esperança. A dificuldade é real. Mas a grandeza da chamada também. Em todo tempo da história da Igreja ser Pastor foi difícil. No entanto, conosco sempre esteve o braço do Senhor. Tenho escutado tatos lideres de segmentos denominacionais dizendo que a coisa tá difícil que decidi terminar esse post lembrando aos irmãos que ainda professam a verdadeira fé e fazem isso com honestidade, por que tem uns que professam, mas são desonestos, que continuem firmes e constantes sempre abundantes, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Reforma Já!

Lendo o livro Teologia dos Reformadores, achei uma descrição, e creio que dá pra construir uma analise histórico-teológica do que vem a ser o que se chama de "fé evangélica" no Brasil.

"A sede de Deus às vezes em padrões bizarros de espiritualidade: zurrar na missa em homenagem ao jumento que Maria montou, tatuar o nome de Jesus no peito, sobre o coração, venerar hóstias sangrentas".

Me fale a verdade: o que você está vendo em quanto ler isso? Ou melhor, que imagem vem a sua mente enquanto você ler isto? Se você disser Igreja Brasileira acertou na mosca. Qualquer semelhança não é mera coincidência. A Igreja brasileira retornou a essas práticas tipicas do catolicismo medieval. Se bem que debatendo um pouco sobre os efeitos da reforma no Brasil, concordei com um amigo quando ele disse que é bem capaz de o Brasil nunca ter deixado de fato esse tipo de conduta.

Tive a sensação de estar lendo um texto muito antigo, mas na verdade esse livro de T. George tem exatamente 25 anos. Não foi escrito na época da Reforma, nem foi escrito agora. Mas descreve de uma maneira absurda o que está acontecendo na Igreja Brasileira. Ninguém zurra imitando jumento, mais ruge como leão. Ninguém venera hóstia sangrenta, mas vai atrás da rosa ungida. E o que mais posso dizer, fizemos de Jerusalém o que os romanos faziam de Roma na idade media e o que os muçulmanos fazem de Meca. Não se deixe enganar. A coisa não mudou.

E tanto não mudou que nós rejeitamos o somente Cristo da reforma e retornamos a um papado Romano. A diferença é que os Papas romanos dizem ter sucessão apostólica. Os Papas atuais se denominam apóstolos e mais alguma coisa. Tem seus reinados, e não são denunciados por que, a exemplo dos Papas, estes homens são "representantes de 'Deus'". Estes mesmo, já que temos que profetizar contra tais práticas, rejeitam a carta de Paulo aos Gálatas, e trazem um evangelho prezo aos padrões judaizantes.

Mas vamos entender o problema teológico por trás disso. No fundo essa ideia de amar e defender Israel não é uma ideia nova que vem de uma mente  iluminada por uma "nova" unção, mas a mesma ideia medieval de que quem protege Jerusalém está Salvo. Não é outra coisa se não uma tentativa de barganhar a salvação, esquecendo eles que a salvação é pela graça por meio da fé somente. Não se barganha com Deus. Não se pode comprar a salvação.

Em fim, não me estenderei mais do que isso por que minha intenção é simplesmente fazer lembrar desses detalhes de nossa fé. Quero concluir do jeito que comecei citando mais um  trecho do livro que conclui esse pensamento e deixa claro o por que necessitamos de uma reforma.
" A maior realização da Reforma foi ter sido capaz de de redefinir essas ansiedades sob o aspecto de novas certezas,  ou melhor, velhas certezas redescobertas".

Que os nossos corações possam ser impactados com uma nova redescoberta do velho Evangelho.

Sola Scriptura!!!

Samuel Alves,
O Pregador


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Necessidade de Avivamento



Amados, aproveitei o fato de está on line em uma hora e dia que normalmente estou lendo, para fazer uso proveitoso do meu precioso tempo. Ouvindo as noticias percebo que dois problemas que estão acontecendo no Brasil. O Estado vergonhoso de nossa política e de nossas leis, e de maior e gigantesco problema a apostasia dos Sacerdotes e o analfabetismo Bíblico dos crentes. O que fazer, dizer ou esperar?

Pensando nisso me lembrei de um sermão que preguei no seminário, em 2006, se não me falhe a memoria no segundo semestre. O texto foi esse: Habacuque 1. 1-4

1 - O PESO que viu o profeta Habacuque.
2 - Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás?
3 - Por que razão me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio.
4 - Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida.

O  que falar quando vemos uma suprema corte que rever seus conceitos depois de uma acurada investigação e depois de um profundo Julgamento. Como podemos analisar isso. Fica até difícil de produzir um bom texto em cima de tal assunto sem ter que se policiar para não perder o controle e começar a colocar a culpa nos partidos políticos e nos Magistrados do Supremo Tribunal. Mas existe algo que me impede de fazer isso. Esse problema não é só falta de Ética é falta de Deus.

Enquanto vemos o Brasil se perder em seus amores por Futebol e por música de péssima qualidade, vemos a Igreja se perder ouvindo, também péssima música, e se alimentando de um péssimo alimento. enquanto a corrupção governa o Pais, nos púlpitos encontramos homens hipnotizados com seu próprio umbigo, alimentados de sermões vindos da mente de seus lideres. Por outro lado Igrejas extremamente instruídas, mas onde não há nem fervor do Espírito nem Amor pelos perdidos.

E no me venha que essa história de "menino amarelo" dizendo que estou sendo infantil. Quando a Inglaterra estava morrendo espiritualmente, foi através da oração constante e pregação Bíblica que esses homens trouxeram de volta os bons costumes para a população desse pais. A história deixa claro, e em parte o Brasil está vendo isso, quando a Igreja se levanta coesa a coisa muda também do âmbito político e ético.

Foi clamando que o desespero de Habacuque se transformou em uma oração esperançosa.
Habacuque 3:1-2
1 - ORAÇÃO do profeta Habacuque sob a forma de canto.
2 - Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.   

Não tem para onde correr! Não há outra saída! Ou Deus Aviva a Igreja Brasileira, e faz ela volta para a Escritura, ou ele volta, por que outra forma não tem como. Neste momento eu oro pelos dois por que não acredito que haja mais nenhuma saída. Outra coisa não serve por que outra coisa não vai funcionar. Como não podemos produzir avivamento só orar por ele e neste caso orar com lagrimas.

De vosso co-servo   
Samuel Alves
O Pregador

SOLI DEO GLORIA

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Pensamentos

Tive a alegria de estar ministrando ontem na igreja onde meus pais iniciaram sua carreira na fé. O tema que me foi dado pela igreja para explanar foi pesado e polemico do jeitinho que eu gosto. Durante a exposição tive um fleche em minha memoria pareceu mais uma loucura, mas confirmou o que está em mim por que faz parte de mim: tem, de fato, alguma coisa errada.

Dom Robinson Cavalcanti (in memoria) escrevendo, um dia disse que minha geração não tinha heróis. Foi criticado pelos medíocres e aplaudido pelos sábios. Algum tempo depois começamos a conhecer homens sérios que nunca desistiram da palavra de Deus nem de lutar contra as falsas doutrinas. Hoje, passados uns 6 anos, descobri o que de fato está acontecendo: minha geração não tem heróis por que não quer heróis.

Na verdade afirma que minha geração não que heróis é muito exagero. Entretanto, os heróis que minha geração quer são os indivíduos mais medíocres que existem. São nacizistas, arrogantes... pra resumir, tudo o que está escrito em II Tm 3. O pior é que quando falo da minha geração não estou falando dos impios e sim dos crente. Os lideres que os crentes cansam de "tietar" são assim. 

Transformaram a Igreja em uma boate e oi culto em um show. Aí você deve dizer: "mas isso não acontece em sua Igreja". E eu pergunto " por que nossas igrejas estaria distantes dessas aberrações, se os nossos membros gostam desse tipo de coisa? " Seria muito infantilidade achar que esses indivíduos não vão conseguir atrapalhar nosso trabalho serio.

Não quero falar mais que isso. Estou em tempo de leitura e reconstrução. Mas uma coisa é certa e não vai mudar: sou um Fides Reformata e continuarei olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé.

Fides Reformata!!!

Samuel Alves
O Pregador

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Jesus acalma a tempestade

A Pedagogia das Tempestades
Marcos 4, 35-41
Elucidação
Autor: João Marcos. Provavelmente ele era aquele homem que saiu correndo nu, após levar uma surra de um homem endemoniado.
Propósito: Apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo.
Data: Aproximadamente, 61-69 d. C.
Verdades Fundamentais
·         Jesus era o aguardado messias de Israel.
·         Jesus se revelou de modo especial aos seus doze discípulos.
·         Jesus demonstrou que era o filho de Deus.
·         Jesus resistiu ao reconhecimento público para sofrer e morrer em amor do seu povo.
·         Jesus mostrou-se muito interessado em estender a salvação aos gentios.
·         A expansão das boas-novas acerca de Jesus exerce poder sobre o mal.

Uma verdade absoluta que não se pode mudar ou alterar. DEUS ESTÁ NO CONTROLE!

As tempestades são inevitáveis, imprevisíveis, inadiministráveis e pedagógicas. 
Quando Jesus mandou que os discípulos fossem para a outra margem do mar da Galileia, os discípulos obedeceram. O mar da Galileia, ou Lago de Genesaré, ficava no vale das montanhas de Golã. Essa região ficava aos pés do monte Hermom, que a maior montanha de Israel. Os ventos gelados vêm de lá de cima e descem até o mar. Quando aquele vento frio bate na superfície e, mesmo com o céu claro, a tempestade chega.

Contexto Anterior
O contexto claramente coloca que Jesus havia anunciado o reino de Deus durante todo o dia.

Contexto Posterior
O contexto posterior mostra claramente três coisas: Jesus tem poder sobre os demônios, sobre as enfermidades e sobre a morte.

O Reverendo Hernandes Dias Lopes chega a uma resolução acertada. Ele afirma que esse texto se desenvolve em cima de três perguntas:
Não te importa que pereçamos?

·         Por que vocês são tímidos? Não tendes fé?
·         Quem é este?
A pergunta é: se Deus é bom, por que as tempestades ocorrem?
A resposta é simples: por que ele quer nos ensinar. Ele quer nos trazer para mais perto dele. Ele quer fazer com que os nossos olhos vejam ele. Ele quer se revelar a nós de uma forma que nós não nos esqueçamos.

Uma verdade absoluta que não se pode mudar ou alterar. DEUS ESTÁ NO CONTROLE!



segunda-feira, 10 de junho de 2013

Feliz dia do Pastor!

Introdução
Uma pergunta, o que Deus requer do Pastor? Muitas coisa coisas estão passando na sua cabeça! Coisas do tipo: santidade, honestidade, integridade, fidelidade, simplicidade, amor, humildade, em fim, tudo o que você está pensando está correto. No entanto, segundo as Escrituras só existe uma coisa que Deus cobra dos pastores, que eles apascentem as ovelhas “do rebanho de Deus”.
É isso que encontramos na primeira carta de Pedro. Uma ordenança. Mas para melhor entendermos esse texto, vamos nos ambientar com essa carta.

Elucidação
Autoria: Alguns eruditos defendem que esse Pedro não seja o Apóstolo, indicando que esse Pedro era um presbítero, e não o apóstolo. No entanto, nós concordamos que esse Pedro era de fato sim o apóstolo, por que mesmo se apresentando no verso 1 declarando que é “presbítero com eles”, isso não tiraria dele sua autoridade Apostólica, pelo contrario só daria a essa função maior característica pastoral. Sem contar que ele assina a carta deixando claro que é um apóstolo de Jesus Cristo.
Data: 60 – 68 d. C.
Propósito: Encorajar os Cristãos perseguidos e confusos a permanecerem unidos e firmes na fé.
Verdades fundamentais:
·         Os cristãos tem o maravilhoso privilégio de ver a grande salvação de Deus em Cristo.
·         O privilégio da salvação trás consigo diversas responsabilidades importantes.
·         Os cristãos devem ser santos, amar profundamente uns aos outros e se consagrarem para gloria de Deus.
·         Os relacionamentos dentro e fora da Igreja devem ser mantidos de acordo com os padrões de Cristo, e não de acordo com os padrões do mundo.
·         Os cristãos devem encarar o sofrimento como seguidores de Cristo na perspectiva correta.

Desenvolvimento
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós... Embora Pedro fosse apóstolo, isso ele deixou claro no em 1,1, aqui ele enfatiza sua comunhão e solidariedade com os presbíteros (pastores) que serviam a igreja sob a tutela dos apóstolos, pregando a mesma mensagem e doutrina, anunciando Cristo como Único Senhor e Salvador do mundo. Nesta fala o apostolo deixa claro que o seu serviço e o serviço pastoral eram um só. Mesmo sendo apostolo, Pedro não usou isso para se afastar do serviço Pastoral e da comunhão com os Co-servos. Por isso os Santo Apostolo declara Eu, presbítero com eles.
...E testemunha dos sofrimentos de Cristo... Pedro mostra agora que sua autoridade era legítima tendo em vista que ele era testemunha ocular do sofrimento de Nosso Senhor, e segundo a autoridade apostólica, ser testemunha era o pré-requisito máximo para o ministério apostólico. No entanto Pedro sabia que muitos daqueles presbíteros também tinham sido testemunhas do sofrimento do Mestre, isso leva a um outro patamar porque, já que eles eram testemunha do sofrimento, eles também seriam co-participantes da Glória que há de ser revelada. Em 4,13, o princípio de           que a participação do sofrimento de Cristo também é a participação da sua Glória, é reiterado neste verso. Pedro fala isso porque testemunhar a morte e a ressurreição de Cristo foi para Pedro participar da dor e da exaltação. Para Pedro esse fato gabaritava tanto eles como ele a pregarem a palavra de Deus e apascentar o rebanho do Senhor.
...Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós... Duas coisas precisam ser consideradas aqui: 1- Pastorear não uma opção, é uma ordem. Não é uma ordem para todos, mas todos os que são chamados para essa missão não podem se iludir com outras coisas, mesmo que momentâneas, mas elas não podem embaçar a visão do Pastor.  O verbo pastorear se apresenta aqui no modo imperativo, que pode ser também modo de convite. No entanto aqui o verbo se apresenta como uma ordem inquestionável. 2- O texto deixa claro que o rebanho pertence ao Senhor. Por esse motivo Pedro cobra, ou melhor ordena que esse pastoreio deve ser feito não por constrangimento mas espontaneamente porque nenhum homem pode pastorear a igreja de Deus se isso for feito por constrangimento de terceiros mas por decisão e entrega pessoal, consciente e constante.
...Nem por sórdida ganância, mas de boa vontade... Porque aquele que pastorear não deve esperar desta terra ou dos homens sua recompensa, mas fazer de boa vontade com coração sincero porque esta função deve ser feita por amor, mesmo em momentos onde não se veja recompensa ou motivo.
...Nem como dominadores dos que vos foram confiados... Porque a função do pastor não pode se comparar com 
...Tornando-vos modelo do rebanho... Porque esse é o modelo de Deus para o pastoreio do Seu povo. Porque tanto no velho como no novo Testamento os homens escolhidos por Deus para guiarem o povo sempre foram escolhidos para ser exemplo para o povo, e por meio do exemplo guiar o povo a vontade de Deus.
...Logo que o supremo pastor se manifestar... Sem sombra de dúvida esta frase está fazendo uma alusão a Cristo já que a escritura deixa claro que Ele é o Pastor e Bispo das nossas almas. A palavra grega é perfeitamente traduzida como Supremo Pastor deixando claro que ele é o Modelo Perfeito e Eterno para a excelente obra que exercemos.
...Recebereis a imarcecível coroa de Glória... Duas coisas devem ser destacadas aqui: 1- A expressão Coroa, os gregos usavam duas palavras para a expressão coroa a primeira era diadema que é o termo que faz referência a coroa dos reis feita de ouro com joias brilhantes e a segunda era stefanus, que era a coroa feita de louro que era colocada na cabeça do atleta. 2- A ênfase dessa frase está na palavra Glória enfatizando a realidade de que a recompensa do pastor vem do céu, unicamente do céu, e só acontecerá quando Cristo que é o Supremo Pastor se manifestar em Glória. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minha Resolução

Certo dia ouvindo via You Tube um Sermão sobre Cl 3.1-4 do meu querido Rev. Mauro Meister, concordei com ele quando ele chamou os santos de Deus que estavam ouvindo o sermão para observarem as Escrituras e observarem onde estavam errando e fizerem resolução do que necessitavam mudar. Eu fiz, eis ai o resultado.

Eu sou, como disse C. S. Lewis, um filho de Adão. Sou responsável pelos pecados que cometo por causa da filiação que tenho. Adão é meu pai, e a conduta que tenho por causa dele é culpa minha. Eu sou Caim. Nunca mataria meu irmão, mas a cruel capacidade de fazer isso está naquilo que originalmente sou. Sou um humano que não acreditou na mensagem de Noé e morreu por causa do diluvio.

Não sou Jacó. Nunca roubei ninguém, mas não duvido que no meu interior esse desejo esteja de algum modo distante. Também sou Esaú, que mesmo tendo a benção da primogenitura, em algum momento devo ter trocado tosa essa benção por algum momento de satisfação pessoal. Sou os outros irmão de José, que mesmo não tendo vendido o meu irmão, mas tenho o pecado que pode causar inveja no meu coração contra os meus irmãos. 

Não estive no Egito, mas com certeza sou um daqueles israelitas que desejou a as cebolas do Egito a ter que depender de Deus, e comer uma boa refeição de carne branca e pão sem fermento. Nunca venderia a mensagem do Senhor. No entanto não posso dizer a ninguém que sou diferente de Balaão. Eu não vi as bençãos de Canaã, mas me conhecendo bem acho que não acreditaria no relatório de Josué e Calebe.

Não vivi no tempo dos Juízes, mas com certeza faço parte de uma geração que não conhecia o Senhor. Muitos dos severos castigos que eu enfrento, com toda certeza, sempre vem por que eu viro as costas para o Senhor meu Deus. Não sou nenhum dos filhos de Eli, mas minha natureza não repeli com a força necessária esse tipo de pensamento. 

Não sou Saul,  mas muitas vezes sou cobarde como ele. Não sou Davi, mas as vezes quero fazer contagens que só vão engrandecer meu ego. Não sou Salomão, mas as vezes mesmo recebendo sabedoria que vem do alto, faço muita besteira.

Em fim ...
Depois de obedecer o que Deus tinha falado através de seu servo, descobri que sou não vou para o inferno por que sou uma coisa só: VIVIFICADO DA MORTE, QUANDO AINDA ESTAVA MORTO EM MEUS DELITOS E PECADOS.

Veja quem eu de fato sou:

Efésios 2:1-10
1 - E VOS vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
2 - Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
3 - Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
4 - Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 - Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
6 - E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
7 - Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
8 - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
9 - Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
10 - Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

Samuel Alves
O PREGADOR

SOLA GRATIA, SOLI DEO GLORIA!!!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

O que estão fazendo com o Evangelho

Você sabe o que está acontecendo com a Igreja? Deixem-me melhorar a pergunta: você sabe o que estão fazendo com o Evangelho? Será que você assim como eu, não está cansado de ver o Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo descer pelo "ralo", desculpem-me a grosseria, de púlpitos comprometidos com esse "cristo" Pop Star, ou só eu tenho essa sensação?

Vejamos um pouco do que (não)está acontecendo no cenário do evangelicalismo brasileiro.
Preparando o sermão para o momento de exposição bíblica no culto no domingo passado, 26/05/13, comecei a perceber uma coisa: não sou quem mudo por causa do Evangelho, mas é ele que muda o meu ser, quando eu sou alcançado e atraído pela Graça Irresistível de Nosso Senhor. De modo que não é a igreja, a denominação ou a liderança que determina como eu vou mudar, mas eu que mudo com efeito inequívoca da veracidade do evangelho, e por tabela de uma teologia biblicamente comprometida com a evangelização.

Como se isso não basta-se, o Analfabetismo Bíblico, que faz qualquer vendedor de indulgências ser chamado de homem de Deus, os nossos músicos decidiram vender a adoração. Além de escreverem músicas com péssimo, para não dizer, inexistente, teor teológico, começaram a ensinar para a Igreja que o palco do programa do Faustão se tornou campo missionário. Como se para Deus ser glorificado eles precisassem ir para a Globo e de caches gigantescos para que Deus fosse glorificado, esquecendo que o principio já foi estabelecido no Salmos 115:1

1 - NÃO a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade. 

A Funesta teologia da prosperidade, como bem a adjetivou o meu querido Pr. Renato Vargens, ensinou pastores, músicos a serem tudo o que a Escritura diz que eles não devem ser. Quando isso fizeram, subjugaram as Escrituras a um... não consigo descrever. Vivemos um período de seca nos púlpitos, protegendo Deus aqueles eleitos que não se dobram a diante desse Baal moderno.

Que Deus nos ajude. É tudo que posso dizer. Como professa a antiga confissão litúrgica: Cristo, tem PIEDADE de NÓS. Essa deve ser a nossa oração. Lembro-me de uma palestra que participei onde D. Robinson Cavalcanti foi um palestrante oficial, e perguntado sobre o que fazer em relação a tudo que acontece em nossos dias ele respondeu: precisamos voltar aos pés da Cruz. Como acredito no poder gracioso desse ato, recolho-me ao silêncio de alguém que tem vergonha deste evangelho da mídia, e tem saudades do velho Evangelho da Cruz.

Samuel Alves, O Pregador

SOLA FIDES!!! 

domingo, 21 de abril de 2013

O que estão fazendo com a Igreja. AMADORISMO

Essa madrugada, enquanto planejava minha folga, merecida folga, ouvindo MPB, me deparei com uma canção do famoso conjunto Roupa Nova, que na minha opinião como Músico é um dos melhores da MPB. Analisando o talento dos seis componentes desse grupo, e lembrando tudo o que já li sobre liderança e administração eclesiástica, e não se iluda, mesmo com meus 26 anos eu já deve ter lido umas 2500 paginas sobre o assunto, só do que me lembro. Me descobri refletindo sobre o nível de trabalho que se desenvolve nas nossas Igrejas.

Por um momento em desejei colocar um vídeo de um grupo evangélico para ilustrar minha fala. Grande foi minha tristeza. O único que achei era adventista  (rsrsrsrsrsr). Mas como eu sou um cara polemico, decidi colocar um do roupa nova mesmo. Por um lado fico emocionado vendo esses caras tocarem, e como toda "boa dadiva vem de Deus", Glória a Deus pelo talento deles. Por outro lado fico triste por que sei que muita gente que vai ler e criticar esse post não tem gabarito para entender os gigantes que esses caras são. E como música não é futebol, vai ficar muita gente sem entender nada, por que na música só se mete quem entende.

No entanto, a minha denuncia é contra esse amadorismo que nós permitimos entrar no meio de nossas igrejas. Vamos ver se dá pra pontuar.

* Música de má qualidade.
*Falta de identidade Histórica.
*A permissão de leigos (IGNORANTES) nas nossas cúpulas...
*Achar que terno e gravata é mais roupa de Pastor do que gola clerical.
*Deixar os "ministros de louvor" regerem a Igreja.
*Permitirmos que o Púlpito esteja no centro apenas de forma virtual.
*Bandido ser chamado de homem de Deus e homem de Deus ser chamado de bandido.
*Seminaristas que conhecem os livros e não conhecem a Igreja.
E por ultimo, não que essa lista termine por aqui,
*Pastores que apascentam a Igreja do Senhor sem amar o Senhor da Igreja.

Se vocês tiverem coragem ampliem minha pesquisa veja com estão nossos segmentos denominacionais. Quantas coisas são feitas de forma... Em fim, essa situação podre, fruto de um amadorismo digno dos dogmáticos e ignorantes, se isso adoece a instituição imagine o que isso não faz com a Igreja local, que é a manifestação mais verdadeira da Igreja Espiritual de Jesus Cristo na terra? Avalie!

Que o Deus de toda graça nos ajude. Que nós sejamos peritos naquilo que fazemos. Chega de gente despreparada para fazer aquilo que só um vocacionado pode fazer. Que os músicos excepcionais do grupo acima citado, sejam para nós o exemplo de que perícia não é ser carnal e sim a prova de que nós glorificamos a Deus com o nosso melhor.

Samuel Alves
O Pregador 

SOLI DEO GLORIA!!!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

E vocês ainda dizem que esse Papa não é pop ?


Seguido por câmeras, Bento 16 terá despedida em estilo 'Big Brother'

Bento 16, o primeiro papa a abrir uma conta de Twitter, será também marcado como o primeiro líder da Igreja Católica a ter seus momentos finais de pontificado transmitidos ao vivo para o mundo, nesta quinta-feira.
O Centro de TV do Vaticano (CTV) pretende registrar as horas finais de Bento 16 como papa com um total de 26 câmeras, que o seguirão pelo Palácio Apostólico do Vaticano até ele embarcar em um helicóptero, às 17h locais (13h de Brasília) em direção a Castel Gandolfo, a residência de verão dos papas.
Em Castel Gandolfo, Bento 16, o primeiro pontífice a renunciar ao cargo em quase seis séculos, fará uma última saudação aos fiéis a partir de uma janela antes de deixar oficialmente o posto, às 20h (16h de Brasília).
'Pretendemos registrar esses momentos respeitando a pessoa do papa e informando aos fiéis que querem apoiar Bento 16 num momento tão importante como esse', afirmou o monsenhor Dario Edoardo Viganó, diretor da CTV.
A superexposição de Bento 16 em seus últimos momentos como papa deve contrastar com o recolhimento pretendido por ele a partir da sexta-feira, já como 'papa emérito' Bento 16.
Após dois meses em Castel Gandolfo, Bento 16 deverá se mudar definitivamente para um convento dentro dos jardins do Vaticano, onde pretende, em suas palavras, viver uma vida de orações e estudos, longe dos olhos do mundo.
Despedida dos cardeais
Pela manhã desta quinta-feira, ainda no Vaticano, o papa deve se despedir oficialmente dos cardeais presentes em Roma.
Espera-se que, entre os temas do encontro, esteja o conteúdo do relatório confidencial sobre os documentos vazados do Vaticano no ano passado. O relatório, preparado por três cardeais, foi entregue a Bento 16 na segunda-feira.
Segundo a mídia italiana, os documentos indicariam disputas de poder dentro da Cúria Romana, além de possíveis escândalos de corrupção e sexuais. O conteúdo do relatório não foi divulgado oficialmente.
Muitos analistas consideram também que o relatório poderá influenciar a escolha do próximo pontífice, esperada para se iniciar por volta do dia 10 de março no conclave formado pelos cardeais com menos de 80 anos.
Há 117 cardeais com direito a participar do conclave, mas dois já anunciaram sua abstenção - o escocês Keith O'Brien, que renunciou na segunda-feira ao cargo de arcebispo de St. Andrews e Edimburgo após ser acusado de 'atos impróprios' contra padres nos anos 1980, e o cardeal Julius Darmaatmadja, chefe da Igreja Católica na Indonésia, que alegou problemas de visão.
Entre os cardeais eleitores estão cinco brasileiros - dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para o Clero, dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador, dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo, dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), e dom João Braz de Aviz, de 64, ex-arcebispo de Brasília.
Dom Odilo Scherer é apontado em várias listas como um dos possíveis candidatos a se tornar papa, assim como, em menor grau, dom João Braz de Aviz, que vive em Roma e é o atual prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Cosagrada e Sociedades da Vida Apostólica.
Última audiência pública
Na manhã da quarta-feira, Bento 16 participou de seu último grande evento público, no Vaticano. Diante de uma Praça de São Pedro lotada, ele saudou os fiéis a bordo de seu papamóvel antes de proferir um discurso e saudações em várias línguas, incluindo o português.
No discurso de sua última audiência geral, Bento 16 expressou gratidão pelos mais de oito anos de seu pontificado, mas admitiu que enfrentou 'águas agitadas' durante o período.
Bento 16 afirmou que seu papado foi um 'fardo pesado', mas que foi guiado por Deus e sentiu sua presença 'todos os dias'.
'Senti-me como São Pedro com seus apóstolos no Mar da Galileia', afirmou o papa, em referência a uma história bíblica em que Jesus Cristo teria aparecido para discípulos nesse local.
'Houve momentos nos quais os mares estavam revoltos, os ventos sopravam contra nós e parecia que o Senhor estava dormindo', disse.
Ao analisar o discurso do papa, o cardeal brasileiro dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, afirmou que Bento 16 'falou com o coração, com emoção, embora não deixe extravasar muito isso'.

Meus queridos leitores, essa provavelmente é a penultima das nossas postagens sobre a renuncia do Papa. Depois nós vamos falar do Ato da renuncia e vamos fazer também algumas abordagens teologicas, sobre os fatos concretos acerca da Igreja como estão claramente expostos nas Escrituras Sagradas.

P.S. Essa reportagem está no site da BBC Brasil.

Em Cristo

Samuel Alves, O Pregador

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Entrevista de Leonardo Boff, sobre renuncia de bento XVI


Meus caros e corajosos leitores segue a entrevista de Leonardo Boff, na integra, a Folha de São Paulo. Perceba a informação passado por este ex teólogo Católico, que foi amigo deste Papa que renunciou ao trono Petrino.
A entrevista de Leonardo Boff sobre Bento XVI que a Folha não publicou
Dei generosamente uma entrevista à Folha de São Paulo que quase não aproveitou nada do que disse e escrevi. Então publico a entrevista inteira a seguir para reflexão e discussão entre os interessados pelas coisas da Igreja Católica. As perguntas foram reordenadas. (Leonardo Boff)

1.Como o Sr. recebeu a renúncia de Bento XVI?
Eu desde o principio sentia muita pena dele, pois pelo que o conhecia, especialmente em sua timidez, imaginava o esforço que devia fazer para saudar o povo, abraçar pessoas, beijar crianças. Eu tinha certeza de que um dia ele, aproveitaria alguma ocasião sensata, como os limites físicos de sua saúde e menor vigor mental para renunciar. Embora mostrou-se um Papa autoritário, não era apegado ao cargo de Papa. Eu fiquei aliviado porque a Igreja está sem liderança espiritual que suscite esperança e ânimo. Precisamos de um outro perfil de Papa mais pastor que professor, não um homem da instituição-Igreja mas um representante de Jesus que disse: “se alguém vem a mim eu não mandarei embora” (Evangelho de João 6,37), podia ser um homoafetivo, uma prostituta, um transsexual.

2. Como é a personalidade de Bento XVI já que o Sr. privou de certa amizade com ele?
Conheci Bento XVI nos meus anos de estudo na Alemanha entre 1965-1970. Ouvi muitas conferências dele mas não fui aluno dele. Ele leu minha tese doutoral: O lugar da Igreja no mudo secularizado” e gostou muito a ponto de achar uma editora para publicá-la, um calhamaço de mais de 500 pp. Depois trabalhamos juntos na revista internacional Concilium, cujos diretores se reuniam todos os anos na semana de Pentecostes em algum lugar na Europa. Eu a editava em português. Isso entre 1975-1980. Enquanto os outros faziam sesta eu e ele passeávamos e conversávamos temas de teologia, sobre a fé na América Latina, especialmente sobre São Boaventura e Santo Agostinho, do quais é especialista e eu até hoje os frequento a miúde.
Depois em 1984 nos encontramos num momento conflitivo: ele como meu julgador no processo do ex-Santo Ofício, movido contra meu livro Igreja: carisma e poder” (Vozes 1981). Ai tive que sentar na cadeirinha onde Galileo Galilei e Giordano Bruno entre outros sentaram. Submeteu-me a um tempo de “silêncio obsequioso”; tive que deixar a cátedra e proibido de publicar qualquer coisa. Depois disso nunca mais nos encontramos. Como pessoa é finíssimo, tímido e extremamente inteligente.

3. Ele como Cardeal foi o seu Inquisidor depois de ter sido seu amigo: como viu esta situação?
Quando foi nomeado Presidente da Congregação para a Doutrina da Fé(ex-Inquisição) fiquei sumamente feliz. Pensava com meus botões: finalmente teremos um teólogo à frente de uma instituição com a pior fama que se possa imaginar. Quinze dias após me respondeu, agradecendo e disse: vejo que há várias pendências suas aqui na Congregação e temos que resolvê-las logo. É que praticamente cada livro que publicava vinham de Roma perguntas de esclarecimento que eu demorava em responder. Nada vem de Roma sem antes de ter sido enviado a Roma.
Havia aqui bispos conservadores e perseguidores de teólogos da libertação que enviavam as queixas de sua ignorância teológica a Roma a pretexto de que minha teologia poderia fazer mal aos fiéis. Ai eu me dei conta: ele já foi contaminado pelo bacilo romano que faz com que todos os que ai trabalham no Vaticano rapidamente encontram mil razões para serem moderados e até conservadores. Então sim fiquei mais que surpreso, verdadeiramente decepcionado.

4. Como o Sr. recebeu a punição do “silêncio obsequioso”?
Após o interrogatório e a leitura de minha defesa escrita que está como adendo da nova edição de Igreja: charisma e poder (Record 2008) são 13 cardeais que opinam e decidem. Ratzinger é um apenas entre eles. Depois submetem a decisão ao Papa. Creio que ele foi voto vencido porque conhecia outros livros meus de teologia, traduzidos para alemão e me havia dito que tinha gostado deles, até, uma vez, diante do Papa numa audiência em Roma fez uma referência elogiosa. Eu recebi o “silêncio obsequioso” como um cristão ligado à Igreja o faria: calmamente o acolhi. Lembro que disse: “é melhor caminhar com a Igreja que sozinho com minha teologia”. Para mim foi relativamente fácil aceitar a imposição porque a Presidência da CNBB me havia sempre apoiado e dois Cardeais Dom Aloysio Lorscheider e Dom Paulo Evaristo Arns me acompanharam a Roma e depois participaram, numa segunda parte, do diálogo com o Card. Ratzinger e comigo. Ai éramos três contra um. Colocamos algumas vezes o Card Ratzinger em certo constrangimento pois os cardeais brasileiros lhe asseguravam que as críticas contra a teologia da libertação que ele fizera num documento saído recentemente eram eco dos detratores e não uma análise objetiva. E pediram um novo documento positivo; ele acolheu a idéia e realmente o fez dois anos após. E até pediram a mim e ao meu irmão teólogo Clodovis que estava em Roma que escrevêssemos um esquema e o entregássemos na Sagrada Congregação. E num dia e numa noite o fizemos e o entregamos.

5. O Sr deixou a Igreja em 1992. Guardou alguma mágoa de todo o affaire no Vaticano?
Eu nunca deixei a Igreja. Deixei uma função dentro dela que é de padre. Continuei como teólogo e professor de teologia em várias cátedras aqui e fora do pais. Quem entende a lógica de um sistema autoritário e fechado, que pouco se abre ao mundo, não cultiva o diálogo e a troca (os sistemas vivos vivem na medida em que se abrem e trocam) sabe que, se alguém, como eu, não se alinhar totalmente a tal sistema, será vigiado, controlado e eventualmente punido. É semelhante aos regime de segurança nacional que temos conhecido na A.Latina sob os regimes militares no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai. Dentro desta lógica o então Presidente da Congregação da Doutrina da Fé (ex-Santo Oficio, ex-Inquisição), o Card. J. Ratzinger condenou, silenciou, depôs de cátedra ou transferiu mais de cem teólogos. Do Brasil fomos dois: a teóloga Ivone Gebara e eu. Em razão de entender a referida lógica, e lamentá-la, sei que eles estão condenados fazer o que fazem na maior das boas vontades. Mas como dizia Blaise Pascal:”Nunca se faz tão perfeitamente o mal como quando se faz de boa vontade”. Só que esta boa-vontade não é boa, pois cria vítimas. Não guardo nenhuma mágoa ou ressentimento pois exerci compaixão e misericórdia por aqueles que se movem dentro daquela lógica que, a meu ver, está a quilômetros luz da prática de Jesus. Aliás é coisa do século passado, já passado. E evito voltar a isso.

6. Como o Sr. avalia o pontificado de Bento XVI? Soube gerenciar as crises internas e externas da Igreja?
Bento XVI foi um eminente teólogo mas um Papa frustrado. Não tinha o carisma de direção e de animação da comunidade, como tinha João Paulo II. Infelizmente ele será estigmatizado, de forma reducionista, como o Papa onde grassaram os pedófilos, onde os homoafetivos não tiveram reconhecimento e as mulheres foram humilhadas como nos USA negando o direito de cidadania a uma teologia feita a partir do gênero. E também entrará na história como o Papa que censurou pesadamente a Teologia da Libertação, interpretada à luz de seus detratores, e não à luz das práticas pastorais e libertadoras de bispos, padres, teólogos, religiosos/as e leigos que fizeram uma séria opção pelos pobres contra a pobreza e a favor da vida e da liberdade. Por esta causa justa e nobre foram incompreendidos por seus irmãos de fé, e muitos deles presos, torturados e mortos pelos órgãos de segurança do Estado militar. Entre eles estavam bispos como Dom Angelelli da Argentina e Dom Oscar Romero de El Salvador. Dom Helder foi o mártir que não mataram. Mas a Igreja é maior que seus papas e ela continuará, entre sombras e luzes, a prestar um serviço à humanidade, no sentido de manter viva a memória de Jesus, de oferecer uma fonte possível de sentido de vida que vai para além desta vida. Hoje sabemos pelo Vatileaks que dentro da Cúria romana se trava uma feroz disputa de poder, especialmente entre o atual Secretário de Estado Bertone e o ex-secretário Sodano já emérito. Ambos tem seus aliados. Bertone, aproveitando as limitações do Papa, construiu praticamente um governo paralelo. Os escândalos de vazamento de documentos secretos da mesa do Papa e do Banco do Vaticano, usado pelos milionários italianos,alguns da mafia, para lavar dinheiro e mandá-lo para fora, abalaram muito o Papa. Ele foi se isolando cada vez mais. Sua renúncia se deve aos limites da idade e das enfermidades mas agravadas por estas crises internas que o enfraqueceram e que ele não soube ou não pode atalhar a tempo.

7. O Papa João XXIII disse que a Igreja não pode virar um museu mas uma casa com janelas e portas abertas. O Sr. acha que Bento XVI não tentou transfomar a Igreja novamente em algo como um museu?
Bento XVI é um nostálgico da síntese medieval. Ele reintroduziu o latim na missa, escolheu vestimentas de papas renascentistas e de outros tempos passados, manteve os hábitos e os cerimoniais palacianos; para quem iria comungar, oferecia primeiro o anel papal para ser beijado e depois dava a hóstia, coisa que nunca mais se fazia. Sua visão era restauracionista e saudosista de uma síntese entre cultura e fé que existe muito visível em sua terra natal, a Baviera, coisa que ele explicitamente comentava. Quando na Universidade onde ele estudou e eu também, em Munique, viu um cartaz me anunciando como professor visitante para dar aulas sobre as novas fronteiras da teologia da libertação pediu o reitor que protelasse sine dia o convite já acertado. Seus ídolos teológicos são Santo Agostinho e São Boaventura que mantiveram sempre uma desconfiança de tudo o que vinha do mundo, contaminado pelo pecado e necessitado de ser resgatado pela Igreja. É uma das razões que explicam sua oposição à modernidade que a vê sob a ótica do secularism e do relativismo e for a do campo de influência do cristianismo que ajudou a formar a Europa.
 
8. A igreja vai mudar, em sua opinião, a doutrina sobre o uso de preservativos e em geral a moral sexual?

A Igreja deverá manter as suas convicções, algumas que estima irrenunciáveis como a questão do aborto e da não manipulação da vida. Mas deveria renunciar ao status de exclusividade, como se fora a única portadora da verdade. Ele deve se entender dentro do espaço democrático, no qual sua voz se faz ouvir junto com outras vozes. E as respeita e até se dispõe a aprender delas. E quando derrotada em seus pontos de vista, deveria oferecer sua experiência e tradição para melhorar onde puder melhorar e tornar mais leve o peso da existência. No fundo ela precisa ser mais humana, humilde e ter mais fé, no sentido de não ter medo. O que se opõe à fé não é o ateismo, mas o medo. O medo paraliza e isola as pessoas das outras pessoas. A Igreja precisa caminhar junto com a humanidade, porque a humanidade é o verdadeiro Povo de Deus. Ela o mostra mais conscientemente mas não se apropria com exclusividade desta realidade.

9. O que um futuro Papa deveria fazer para evitar a emigração de tantos fiéis para outras igrejas, e especialmente pentecostais?
Bento XVI freou a renovação da Igreja incentivada pelo Concílio Vaticano II. Ele não aceita que na Igreja haja rupturas. Assim que preferiu uma visão linear, reforçando a tradição. Ocorre que a tradição a partir do século XVIII e XIX se opôs a todas as conquistas modernas, da democracia, da liberdade religiosa e outros direitos.Ele tentou reduzir a Igreja a uma fortaleza contra estas modernidades. E via no Vaticano II o cavalo de Tróia por onde elas poderiam entrar. Não negou o Vaticano II mas o interpretou à luz do Vaticano I que é todo centrado na figura do Papa com poder monárquico, absolutista e infalível. Assim se produziu uma grande centralização de tudo em Roma sob a direção do Papa que, coitado, tem que dirigir uma população católica do tamano da China.Tal opção trouxe grande conflito na Igreja até entre inteiros episcopados como o alemão e frances e contaminou a atmosfera interna da Igreja com suspeitas, criação de grupos, emigração de muitos católicos da comunidade e acusações de relativismo e magistério paralelo. Em outras palavras na Igreja não se vivia mais a fraternidade franca e aberta, um lar espiritual comum a todos. O perfil do próximo Papa, no meu entender, não deveria ser o de um homem do poder e da instituição. Onde há poder inexiste amor e desaparece a misericórdia. Deveria ser um pastor, próximo dos fiéis e de todos os seres humanos, pouco importa a sua situação moral, étnica e política. Deveria tomar como lema a frase de Jesus que já citei anteriormente:”Se alguém vem a mim, eu não o mandarei embora”, pois acolhia a todos, desde uma prostituta como Madalena até um teólogo como Nicodemos.
Não deveria ser um homem do Ocidente que já é visto como um acidente na história. Mas um homem do vasto mundo globalizado sentindo a paixão dos sofredores e o grito da Terra devastada pela voracidade consumista. Não deveria ser um homem de certezas mas alguém que estimulasse a todos a buscarem os melhores caminhos. Logicamente se orientaria pelo Evangelho mas sem espírito proselitista, com a consciência de que o Espírito chega sempre antes do missionário e o Verbo ilumina a todos que vem a este mundo, como diz o evangelista São João. Deveria ser um homem profundamente espiritual e aberto a todos os caminhos religiosos para juntos manterem viva a chama sagrada que existe em cada pessoa: a misteriosa presença de Deus. E por fim, um homem de profunda bondade, no estilo do Papa João XXIII, com ternura para com os humildes e com firmeza profética para denunciar quem promove a exploração e faz da violência e da guerra instrumentos de dominação dos outros e do mundo. Que nas negociações que os cardeais fazem no conclave e nas tensões das tendências, prevaleça um nome com semelhante perfil. Como age o Espírito Santo ai é mistério.Ele não tem outra voz e outra cabeça do que aquela dos cardeais. Que o Espírito não lhes falte.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Será que vão culpar o Malafaia?



Amados leitores de nosso humilde blog, vocês sabem de nossa campanha em informa-los sobre o que eu chamo de crise em Roma, haja visto que o que está acontecendo no Vaticano é mais que um renuncia de um Papa. Eu encontrei uma noticia bombástica na rede. Eu quero ver se os Homoafetivos vão colocar a culpa no Malafaia.
Um dos mais fortes candidatos a substituir o papa Bento XVI é homofóbico e defende pena de morte para gays
Desde a última segunda-feira (11) em que Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) renunciou ao posto de Papa, em pouco tempo já surgiram alguns nomes que podem sucedê-lo.

Peter Turkson, Cardeal de Gana, é um dos mais fortes candidatos e se for escolhido, se tornará o primeiro papa negro e africano da história.
Mas esse possível sucessor com grandes chances de conquistar o papado já possui um histórico polêmico. De acordo com informações do site “Queerty” ,Turkson seria homofóbico e defenderia a pena de morte para homossexuais em Uganda, um projeto de lei que tramita no Poder Legislativo do país.
Já em entrevista para o site “The Telegraph“, ele diz que é preciso ‘encontrar maneiras de lidar com os desafios da sociedade e da cultura’, acrescentando que a Igreja precisava “evangelizar”, ou converter, os que tinham abraçado “estilos de vida alternativos, tendências ou questões de gênero”. “Nós não podemos falhar em nossa missão de fornecer orientação”, disse.
Outra atitude inexplicável de Peter Turkson foi criticar o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, quando o mesmo pediu que o continente africano acabasse com a criminalização da homossexualidade.


Obs.: irmãos esse texto não é meu. Leiam esse artigo em http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/02/candidato-a-substituir-bento-xvi-defende-pena-de-morte-para-gays.html. Esses e outros textos sobre outras questões. É só copiar e colar. Abs

Fides Reformata