segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Reforma Já!

Lendo o livro Teologia dos Reformadores, achei uma descrição, e creio que dá pra construir uma analise histórico-teológica do que vem a ser o que se chama de "fé evangélica" no Brasil.

"A sede de Deus às vezes em padrões bizarros de espiritualidade: zurrar na missa em homenagem ao jumento que Maria montou, tatuar o nome de Jesus no peito, sobre o coração, venerar hóstias sangrentas".

Me fale a verdade: o que você está vendo em quanto ler isso? Ou melhor, que imagem vem a sua mente enquanto você ler isto? Se você disser Igreja Brasileira acertou na mosca. Qualquer semelhança não é mera coincidência. A Igreja brasileira retornou a essas práticas tipicas do catolicismo medieval. Se bem que debatendo um pouco sobre os efeitos da reforma no Brasil, concordei com um amigo quando ele disse que é bem capaz de o Brasil nunca ter deixado de fato esse tipo de conduta.

Tive a sensação de estar lendo um texto muito antigo, mas na verdade esse livro de T. George tem exatamente 25 anos. Não foi escrito na época da Reforma, nem foi escrito agora. Mas descreve de uma maneira absurda o que está acontecendo na Igreja Brasileira. Ninguém zurra imitando jumento, mais ruge como leão. Ninguém venera hóstia sangrenta, mas vai atrás da rosa ungida. E o que mais posso dizer, fizemos de Jerusalém o que os romanos faziam de Roma na idade media e o que os muçulmanos fazem de Meca. Não se deixe enganar. A coisa não mudou.

E tanto não mudou que nós rejeitamos o somente Cristo da reforma e retornamos a um papado Romano. A diferença é que os Papas romanos dizem ter sucessão apostólica. Os Papas atuais se denominam apóstolos e mais alguma coisa. Tem seus reinados, e não são denunciados por que, a exemplo dos Papas, estes homens são "representantes de 'Deus'". Estes mesmo, já que temos que profetizar contra tais práticas, rejeitam a carta de Paulo aos Gálatas, e trazem um evangelho prezo aos padrões judaizantes.

Mas vamos entender o problema teológico por trás disso. No fundo essa ideia de amar e defender Israel não é uma ideia nova que vem de uma mente  iluminada por uma "nova" unção, mas a mesma ideia medieval de que quem protege Jerusalém está Salvo. Não é outra coisa se não uma tentativa de barganhar a salvação, esquecendo eles que a salvação é pela graça por meio da fé somente. Não se barganha com Deus. Não se pode comprar a salvação.

Em fim, não me estenderei mais do que isso por que minha intenção é simplesmente fazer lembrar desses detalhes de nossa fé. Quero concluir do jeito que comecei citando mais um  trecho do livro que conclui esse pensamento e deixa claro o por que necessitamos de uma reforma.
" A maior realização da Reforma foi ter sido capaz de de redefinir essas ansiedades sob o aspecto de novas certezas,  ou melhor, velhas certezas redescobertas".

Que os nossos corações possam ser impactados com uma nova redescoberta do velho Evangelho.

Sola Scriptura!!!

Samuel Alves,
O Pregador


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