Tenho participado de vários grupos
que buscam apoio nas confissões de fé para refazer a conduta da Igreja ou
tira-la desse lugar lamacento que ela decidiu andar nos últimos dias. É bem
verdade que a Igreja moderna tem feito isso não só por ignorância, mas também
por obstinação e apostasia. Mas vamos analisar algumas coisas que necessitam
ser esclarecidas.
Em Primeiro lugar, falta de
Teologia bíblica não é ausência de confissão, é ausência de Púlpito. É bem
possível que uma Igreja que não tenha confissão consiga se manter fiel a sã
doutrina. Com isso não estou dizendo que as confissões são coisas descartáveis,
mas muitas vezes nós estamos desculpando muita gente desonesta e ignorante que
não sabe sistematizar o ensino das Escrituras e não o faz por não querer se
despir de seus erros. Erros teológicos não podem ser desculpados por ausência
de confissão, pois temos a Escritura.
Em segundo lugar, as
confissões não existem para facilitar o Trabalho pastoral ou definir a conduta
da Igreja, mas para facilitar as doutrinas e expor as mesmas de maneira mais
didática. Sem muita explicação, quem rege a Igreja não são as confissões e sim
as Escrituras. No entanto, fazemos uso das confissões na intenção de
sintetiza-las , para melhor entendimento dos Santos e dos Catecúmenos. O
trabalho pastoral vai ser sempre trabalho árduo, e nada vai mudar isso a não
ser abandono dos princípios expostos nas sagradas Escrituras.
Em terceiro lugar, as
confissões devem ser aplicadas como uma forma didática de entendermos a Bíblia.
O que são as confissões? Em uma frase só, as confissões são uma síntese de
Teologia Sistemática. Nós sistematizamos a teologia bíblica e depois a
compactamos para ficar como afirmações tópicas ou uma lista de perguntas e
respostas.
Em quarto lugar, e no
momento finalizando o artigo e não o assunto, a Igreja Brasileira está decaindo
em sua teologia e conduta, não por falta de Confissão, mas por falta de caráter.
O problema da Igreja Tupiniquim, como diz o amado Pr. Renato vargens, é que ela
gosta dos fenômenos gospel da música, gosta dos profetas da prosperidade e até
respeita os profetas que o Senhor levanta pregando a verdade, mas depois se
rende a espírito do engano.
Não estou dizendo que vou
parar de lutar pelo retorno da Igreja Brasileira as Confissões de Fé, mas estou
querendo mostrar que o problema é maior do que, talvez, estejamos vendo.
Em Cristo,
Samuel Alves, O Pregador