quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A Teologia do Culto

A situação ficou catastrófica!
Pervertemos o culto do SENHOR. Em letras maiúsculas para nos lembrarmos que a tradução do tetragrama que em português é Jeová, é traduzida por Senhor e a SBB - Sociedade Bíblica do Brasil - traduz desta forma em caixa alta. Essa expressão é, é de acordo com a teologia bíblica, o nome pessoal de Deus, para colocar de forma simples. Antes que você pergunte onde está o problema eu vou me adiantando.

O culto é a teologia da Igreja posta em prática. Sim! É pelo culto que se conhece a espiritualidade de uma Igreja. Você pode saber pelo culto se é essa Igreja é bíblica ou não. Não precisa ser doutro em nada para saber dessas coisas. Uma lida profunda nas Sagradas Escrituras e uma boa observada a sua volta vai lhe mostrar que a coisa tá bem bagunçada.

Muitas vezes a Escritura vai nos apontar o caminho a seguir. Deixe me dar um exemplo. O Decálogo tem uma série de leis, as quatro primeiras para ser mais exato, que se referem a nossa relação com Deus e desembocam na nossas prática litúrgica. Ainda sim temos um livro completo com cânticos e um outro livro onde Deus vai exigir que se concerto o culto ao seu nome.

O livro de Malaquias, que nos só conhecemos 3.10, é todo Escrito para orientar o povo de Israel que eles estavam adorando errado. Como a Bíblia é para nós por completo, se entende que não importa como vamos fazer, mas o culto não pode perder as características que Deus deu, uma vez que esse culto é prestado ao seu nome. Ainda que você questione que o livro de Malaquias fale de assunto como divórcio e ministério sacerdotal, vale lembrar que divórcios aconteciam por questões cultuais, e o culto a Jeová estava profanado por que os sacerdotes abandonaram a lei do Senhor.

Isso posto duas coisas devem ficar claras. Primeiro, não dá para fazer um culto de qualquer forma, uma vez que Deus detalhou para o seu povo a forma pela qual ele queria e tinha, e ainda tem, que ser cultuado. Não é obra do coração do homem nem o que este sente que vai determinar o culto do Senhor. Deus tem regras para como o homem deve prestar culto a ele, e essa regra deve ser respeitada com zelo.

Segundo, se o culto é determinado por Deus, o nosso coração não pode exigir espaço neste ambiente senão o de contrição. Em muitos lugares onde nós vamos a forma de culto está mundana. Eu concordo que a firmeza litúrgica não deve ser de forma nenhum uma barreira para o fervor dos cristãos, uma vez que o fervor para cultuar o Senhor vem de nossa devoção orientada e fundamentada nas sagradas letras. Ainda sim deve haver uma reverência específica para o culto. Não é por que o culto tem que ser fervoroso que podemos permitir toda e qualquer manifestação no culto do Senhor.

O meu coração, meus métodos, minhas ideias, as pessoas fora da Igreja, nada disso pode influenciar minha forma de culto. Os Puritanos estavam certo quanto afirmavam a centralidade Bíblica do culto. As Escrituras não podem ter um tempo no culto, mas preencher o culto de modo que não fique espaço para nada que seja de acordo com nossa vontade.

No Cristo Ressurreto:
Samuel Alves
O Pregador

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

500 anos, mas nem tudo é festa.

Na semana passada terminou o outubro mais importante da história da Igreja neste século. O outubro onde a Reforma Protestante se iniciou. No dia 31/10 /1517, na minha opinião a mais bela data da história da Igreja, um monge agustiniano doutor em Teologia afixou 95 teses convidando o vendedor de indulgências Johan Tetzel para uma disputa sobre a eficiência das indulgências. em latim: Disputatio pro declaratione virtutis indulgentiarum.

Essas teses, que ficaram conhecidas ao longo dos anos como as 95 teses, tinham o alvo de chamar atenção do clero, na verdade, dos acadêmicos, uma vez que o texto é todo escrito em latim. Sua intenção não era dividir a Igreja. Aliás nunca foi intenção de nenhum dos Reformadores. A ideia nunca foi dividir a cristandade. O alvo era mesmo uma reforma moral e teológica na Igreja da época, que até hoje é conhecida por sua imoralidade.

As disputas eram a forma de esboço de um debate. A ideia não era uma revolução. Por que 31 de outubro? Exatamente neste dia, o povo saia em festa por causa de uma tradição mística que anos depois foi transformada em Halloween. Nesse tempo a festa era mas pra os adultos e tinha muita libertinagem. Como os fatos que levaram Martin Lutero a pedir essa disputa foram próximos dessa data ele se utilizou por que sabia que no dia seguinte a multidão iria a Igreja para a celebração do dia de todos os santos. E foi assim que tudo começou.

É óbvio que estou tratando de forma caricata a Reforma Protestante. Se fosse fiel a todo o relato, o que pretendo fazer em uma série de artigos por aqui mesmo, teria que começar com a Igreja primitiva, passar pelo concílio de Niceia, e me deter na Teologia e vida de Santo Agostinho. Mas esse post tem outra intenção. Meu objetivo aqui é mostrar que nem tudo foi festa. Não que não esteja alegre por viver essa tão nobre celebração. Não que concorde com os ignorantes, como por exemplo um pastor de linha Pentecostal natural do estado da Bahia que, na mesma semana do aniversário da Reforma, afirmou que os evangélicos não tinha nada que ver com a reforma. O mesmo foi rechaçado até mesmo pelos Pentecostais.

Um outro problema reside no fato que muitos dos que comemoraram os 500 anos da Reforma não têm nenhum compromisso com os postulados da mesma. Igrejas onde o Sola Scriptura é uma frase sem sentido algum, onde seu conceito mais puro não passa nem de longe. Líderes que foram as seus púlpitos, lotaram igrejas, mas não entendem o por que do Soli Deo Gloria. Falaram da Reforma por puro oportunismo. Não por que agradecem de verdade, até porque se comportam como os velhos cardeais da igreja medieval. Suas mentes estão cativas aos seus próprios desejos.

Nem tudo é festa porque muitos desses crentes não entendem nem conhecem a boa Teologia que é a maior herança da Reforma. Esses fiéis ouvem domingo após domingo um sermão sofrível, com muito barulho, psicologia barata e recursos de oratória que servem apensa para cativar suas mentes que, por falta do ensino da palavra do Senhor não, padecem miseravelmente. Por que esses mesmos líderes esquecem da norma de Os 4.6
O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento. Porque rejeitaste o conhecimento, eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, eu me esquecerei de teus filhos.

Nem tudo é festa por que muitos se apropriaram da data sem sequer saber alguma coisa dela, ou simplesmente comemoraram a festa mesmo não se subordinando a nenhum dos pontos da Reforma. Para eles a fé é uma meio para alcançar um benefício, a graça é um vale para atos permissivos na vida e no culto, a escritura é um amuleto, Cristo é um cara legal e a glória de Deus é algo para se sentir e não um alvo a ser alcançado por aqueles que foram salvos.

A coisa piora...

Nem tudo é festa por que esses mesmos "reformados", que o são por moda, distorceram  as verdades dos 5 solas afim de parecer que existe alguma coisa em seus sistemas que pareça Evangelho ou que pelo menos tenha cara de reforma. Usam da liberdade que a Reforma lhes deu para criarem novos papados. Cada um tendo seu próprio trono e fazendo dos fiéis seus súditos  e dos líderes menores, muitas vezes mais piedosos que eles, seus eternos vassalos. Aumentando a soma dos fardos dos cansados e da opressão dos oprimidos, criando apenas gente doente e adoecendo outras com uma visão triunfalista do Evangelho, crendo naquilo que ele nunca disse.

Paro por aqui!
Terei que escrever um livro se for mesmo denunciar todos os erros que os hipócritas cometem. Um artigo só não dá.

Que o bondoso Deus seja exaltado pela vida dos Pais Reformadores e dê a esses outros a oportunidade de retornarem a Reforma como muitos de nós já temos feito. A questão não é volta para Genebra ou Wittenberg, mas voltar ao Evangelho. Essa é a verdadeira Reforma.

Sem mais para o momento,
No Ressurreto,
O Pregador

sábado, 7 de outubro de 2017

O Evangelho e a pregação do Evangelho

Comecemos com a pergunta: tem diferença? Não seriam as duas coisas uma só? Tenho que concordar que isso deixaria tudo bem mais fácil. No entanto aprouve a Deus em seus decretos eternos fazer esses dois pontos separados e diferentes . Isto posto, vamos conversar sobre o tema de forma possamos esclarecer isso para você.

Não há da minha parte a intenção de esgotar o assunto. Seria um bom tema para livro ou artigo. Mas vamos nos debruçar sobre esse tema de maneira rápida, mas sem superficialidades. Nunca esquecendo que nossos posicionamentos buscam a confirmação Bíblica, e não o relativismo das suposições filosóficas.

O que é o Evangelho?
Evangelho é, como disse acertadamente o teólogo anglicano Graeme Goldsworthy, "a mensagem sobre Jesus em sua vida, morte e ressurreição. Acrescentaria aqui a encarnação, uma vez que tudo o que foi feito só podia ser feito por Deus. Sendo assim, a encarnação se torna parte sinequanon do organograma do Evangelho.

Isto posto,
O que é a pregação do Evangelho?
A pregação do Evangelho é o anúncio dessas verdades por meio do uso preparado, piedoso e espiritual da oratória. É bem verdade que podemos testemunhar o Evangelho e a salvação que ele nos revela de várias formas, inclusive com nossas obras pela fé, Tg. 2,18. Sem contar que testemunhamos também com nossa vida.

Definindo, ainda que com poucas palavras, se torna necessária algumas colocações.

1 - Cura, bem estar, realizações, projetos pessoais não se constituem pregação do Evangelho. Você pode chamar de palestra, mas não pregação. Pode chamar de conferência ou encontro mais não de culto. O que permeia a reunião dos crentes, ou a assembleia solene que nos chamamos de culto público é a exposição das Sagradas Escrituras com alvo de se anunciar o Evangelho de Jesus Cristo.

2 - Doutrinas, estudos e debates doutrinários ou de orientação ética não são por si só anúncio do evangelho. Note bem. Um pregador fiel a Deus e a sã doutrina pode falar por horas, sem cometer um único erro doutrinário, e ainda assim não pregar o evangelho. Lembre-se do conceito no 3º parágrafo.

3 - Se o texto não apontar para Cristo de forma clara, é competência do Pregador encontrar uma ponte. Com isso, quero fazer dois apelos, o primeiro é para os pregadores. Lembrem-se do que dizia o Dr Lloyd-Jones: só subam ao púlpito para pregar se vocês tiverem uma mensagem de Deus para pregar. Segundo aos ouvintes. Se a mensagem vos conduzir à cruz , que aconteça com vocês o que ocorreu com o peregrino; que os vossos fardos possam cair diante da glória do crucificado.

Lembremos da ordem do Senhor :
Hoje, se ouvirdes a voz do Senhor, não endureçais vosso coração.

Sem mais para o momento, que o Senhor seja benevolente em seu favor, te fazendo ouvir sua doce voz.

No crucificado,
Samuel Alves
O Pregador

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Estamos de volta! Status: Humilhados!

Depois de mais de dois anos sem uma postagem, e sem saber se tenho ainda seguidores, estamos de volta. Depois de vários acontecimentos, por exemplo, agora sou um homem casado e devidamente ordenado ao sagrado ministério da Palavra e dos Sacramentos. Vários livros lidos e palestras proferidas, aprouve ao bom Deus estarmos de volta às postagens e artigos.

Nunca foi nossa intenção obter sucesso por meio do blog. Mas desde 2009 aproximadamente, estamos falando aquilo que as Escrituras Sagradas nos mostram ser a verdade, assim como o caminho para uma vida cristã que glorifique o nosso Deus e seu Cristo.

Como disse antes depois de muitos livros lidos... Aprendi ainda no ensino fundamental que só pode falar bem e escrever bem que nutre o hábito da leitura. Li muito e falei mais ainda, mas mas acabei escrevendo pouco, o que volto a fazer agora. E, já que os livros mantiveram minha mente funcionando, mesmo nas mais longas fases de inércia intelectual, vou começar essa nova fase indicando um livros para vocês.

Não é minha intenção fazer uma resenha desse texto, mas mas quero apontar, no texto, alguns pontos que são de uma profundidade gritante.

Eis o livros
Inteligência Humilhada.
De Jonas Madureira
Publicado por Edições Vida Nova.

Sinceramente eu não tenho competência para avaliar esse livro. Não falo por sua abordagem extremamente acadêmica, mas pela profundidade com que espiritualidade e cosmovisão cristã foram abordados aqui. Jonas Madureira fez exatamente o que disse que ia fazer. Um pouco de aula, um pouco de pregação e um pouco de gabinete pastoral. (nas minhas palavras)

Um livro escrito por alguém que sabe combinar a vida da academia, o púlpito e o quarto de oração, escrito na forma mais piedosa possível nos fez, começando por Agostinho, e passando por uma exegese monstra de Filipenses 2.5, e sua explicação arrepiante de fronezis, sentimento, e terminando com uma análise do trabalho de Carl F. H. Henry, nos fazendo entender o estado humilhante do homem em sua necessidade de conhecer Deus como Ele quer ser conhecido.

Se eu recomendo?
"Cada dia da sua miserável vida que vc passa sem ler esse livro, sua vida ficará mais miserável."

Sem mais para o momento,
No crucificado, o Deus que conheceu nossa humilhação...
Samuel Alves
O Pregador

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

16/08/1965-16/08/2015...e a obra ainda é santa.

Vendo somente título dessa postagem, você deve se perguntar: o que significa esse espaço de cinquenta anos? Eu de pronto lhe respondo: Jubileu de Ouro. Você achando minha resposta vaga, pergunta: de que Samuel? Eu, para não ser mais chato respondo: do hino oficial da Renovação Espiritual.

Faz muito tempo que não público nada. Me mudei! Esse fato quebrou meu ritmo de leitura, e por tabela meu ritmo de produção. Nada que atrapalhadas os sermões, mas atrapalhou o uso da pena. Para piorar meu computador quebrou. Por sorte, na verdade, decreto benevolente, o Blogger tem aplicativo para smartphone.

Tudo resolvido, voltei a leitura. Comecei pela biografia do pai do Presbiterianismo, John Konx, e comecei a ler o relato do início da obra de Renovação Espiritual e da autobiografia do Reverendo Pastor Rosivaldo de Araújo. Autor do aniversariante. Apesar de eu estar atrasado, em 16/08/2015, o hino da Renovação espiritual completa 50 anos. Pastor Rosivaldo já está na glória, mas meu desconhecimento dessa data me fez passar batido. Mesmo atrasado, quero fazer algumas considerações sobre todo o contexto histórico do hino.

O mundo ainda vivia os mesclados da segunda guerra. Revoluções em todas as áreas do conhecimento, cultura e tecnologia. No Brasil, vivíamos o início do que seria 20 anos de governo militar. As mudanças afetaram a Igreja. Vivia-se uma morbidez espiritual drástica. Cultos sem vida, pregadores sem vida, Igreja engessada. Em fim...o quadro não era bom. Até que Deus decidiu visitar seu povo. No início, às lutas não foram pequenas. Perseguições, ataques, divisão... Dlis fatos marcaram, em minha opinião esse momento. Primeiro a exoneração do Pastor Pedro Tavares, pastor da Igreja de escapadinha no Maranhão, que veio a Recife conhecer a obra de Renovação, e ao voltar a sua cidade descobriu que foi exonerado da Igreja, por que testemunhou que havia sido batizado no Espírito Santo.  O outro fato marcante, foi a expulsão do Pastor, ainda seminarista na época, Darcy Gulherme do Reis, por testemunhar que havia sido curado de úlcera.

No relato do Pastor Rosivaldo, ao entrar no seminário STBNB, encontrou Darcy chorando e dizendo que havia sido expulso do seminário por causa de Renovação, pegou Darcy pelos ombros e disse: essa obra é santa e ninguém detém! Voltou para sua casa afirmando a primeira frase do hino: esta causa é do Senhor. D. Miriam Amorim, sua esposa, lhe perguntou: onde você aprendeu esse corinho? Ele respondeu: foi o Senhor quem me deu agora enquanto vinha para casa.

Essa canção tornou-se o hino oficial de muitas Igrejas que abraçaram a obra de Renovação Espiritual, inclusive a CBN, instituição a qual Pastor Rosivaldo foi um dos fundadores, e membro de sua diretoria. Sem sobra de dúvida esse pobre "escritor/pesquisador" agradece ao Deus da obra, que de fato não pode ser detida, por ter dado esse hino que foi e é, mais que uma canção, um grito de guerra.

A 50 anos, foi dada a um grande servo de Deus essa canção, que continua sendo nosso grito de guerra contra os inimigos da obra. Afirmo, de minha parte, sabendo que tem outro comigo, que enquanto fôlego tivermos, trabalharemos para o Deus da Obra afirmando: Ninguém detém! É obra Santa! Essa causa é do Senhor.

Com lágrimas nos olhos,
E fogo no coração,
Samuel Alves
O Pregador.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A guerra contra a Verdade

Esses dias, lendo um precioso livro do Pr. John MacArthur com o titulo a guerra pela verdade, me deparei com a informação de como a Igreja tem lutado contra a verdade. Consciente de que essa luta não é de agora, muito menos é só minha, me deparei com alguns problemas que pontuarei aqui. Só para constar, não sou um desigrejado - grupo que considero um "filho" monstruoso do antigo gnosticismo e do moderno liberalismo - grupo esse que considero a mais nova arma do inimigo de nossas almas para minar a autoridade da Igreja. Falo do que vejo por que amo a Igreja, estudo a Igre e vivo nela a seu serviço.

Isto posto, vejamos o que tem me feito perceber que nossa luta é imensa. Que a batalha é sangrenta, mas que apesar dos fieis estarem lutando a massa está em um estado de hipinose esperitual, tomada de uma "golpelzidade morbida", o que torna nossa luta ainda mais ardua.

1· O pós modernismo evangelical.
Estamos vivendo a era que os especialistas denominam com pós moderna. Enquanto a modernidade foi caracterizada pelas revoluções e pelo abandono da fé, a evolução das ciências e todo o resto, a pós modernidade é caracterizada pelo seu relativismo. Para não me deter muito nesse ponto, este relativismo chegou de maneira sutil na Igreja, de modo que o movimento de Igrejas emergentes, por exemplo, já tem escritores que, hereticamente, afirmam que não podemos ter certeza do que a bíblia diz. Por outro lado, em muitas de nossas Igrejas ortodoxas, pastores que expoem a sã doutrina com firmeza são tidos com mal educados e deselegantes. Estes mesmos que outrora eram chamados de profetas e apologetas.

2· O Estrelismo vs Profetismo
Na Igreja da atualidade, a moda do momento é o Estrelismo. Pastores POPs tem tomado lugar debaixo das luzes da ribalta. Isso por que nossos pulpitos, que quando eu era garoto alguns ainda chamavam de Altar, estão mais parecendo um palco do que um pulpito. O motivo dessa tragédia é que o culto virou show e no lugar de um profeta chamando o povo ao arrependimento, colocamos uma estrela chamando o povo a um ajuntamento midiatico. Destituimos os profetas para, em seus lugares, colocarmos estrelas que agromeram em vez de servirem ao crescimento saldável da Igreja. Que entretem em vez de profetizar.

3· Crise vocacional e teológica.
Vivemos uma profunda crise nos nossos seminários. Acdemizamos demais as nossas casas de profeta, de modo que já existem seminários prostituidos e outros onde não se ensina mais com a bíblia aberta. Por outro lado isso é fruto de uma crise que se deu nos idos das decadas de 1970-80 onde rapazes inteligentes e bons articuladores de palavras eram enviados para o seminário. Problema? Sim! Inteligente todo vocacionado tem que ser. Mas nem todo inteligente é um vocacionado. Uma crise gerou a outra. Os caras não-vocacionados de ontem são os mestres de hoje. Não querendo generalizar, pois tem muitos servos fieis a visão, como dizia São Paulo apóstolo. Mas a coisa ta feia! Tem muito doutor com diploma mas sem fé. Sem generalizar é claro.

4· A sedução do intelectualismo.
Por causa dessa sedução, que para alguns é tão grande que chega a ser uma prostituição, haja visto que a simplicidade da piedade cristã é perdida. Desse ponto em diante começam uns flertes com o liberalismo e todos os seus filhos bastardos, a saber lideres que incluiram um discurso politico partidário em seus sermões. Foram seduzidos pelo canto da seria. Perderam o primeiro amor e precisam do ouro refinado do Senhor Jesus. Por causa destes homens a Igreja está linda. Climatizada, educada, como uma boa estrutura fisíca, mas o Mestre olha e diz: eis que estou a porta e bato. Quem está na porta a bater só pode estar do lado de fora da Igreja...

5· A inversão dos valores
Trocamos o culto pelo show. O pregador por um astro. A pregação por uma conversa... Tá tudo trocado! Trocamos a beleza da vocação pela influência dos diplomas. A sabedoria biblica pelo metodo de ganhar dinheiro, a saber o grande numero de pastores e lideres que tem deixado de estudar, em suas pós graduações, Exegese, Hermeneutica, História da Igreja, para fazer MBA. A riqueza de um sermão bem preparado, para uma aula sobre como fazer a Igreja crescer, ou como trazer mais um. A riqueza da pregação expositiva por uma "coisa" qualquer que seja baseada na mente do pregador, e não no texto sagrado.

Ainda cabe mais coisa, mas vou me deter por aqui.
Que o Deus de toda graça continue a nos aperfeiçoar por sua bendita misericordia. Que a nossa vida seja guiada pelo amor a vocação que nos foi dada de anuciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Que o nazareno crucificado no calvário seja nosso único alvo, por que só ele tem as palavras de vida eterna.

Sem mais,
Que o carpinteiro de Nazaré nos molde a sua vontade.
Em Cristo,
Samuel Alves
O Pregador.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Os filhos da serpente

A guiza de introdução, não é minha intenção aqui fazer uma exegese do texto, mesmo entendendo que ela estará presente na minha fala, fala está que faço por amor a Igreja e não por raiva dos que a corrompem. Vamos ao texto.

Gênesis 3:1-5
1 - ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
2 - E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3 - Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
4 - Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5 - Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

Ficou claro para você por que a serpente? Se não ficou, uma pergunta: o que foi que a serpente fez aqui? Como foi que a serpente iludiu Eva? Quero deixar claro antes de tudo, que não é minha intenção retirar o pecado da conta de Eva. Nem dizer que a cobra foi a culpada de tudo. Minha intenção é dizer, pontuando alguns fatos que desde que Deus falou que o inimigo de nossas almas tenta perverter, por meio de pessoas astutas, as verdades eternas expressas pelo Soberano.

Quem são os filhos da serpente?
Os filhos da serpente é toda aquele que, como disse anteriormente, perverte as verdades divinas afim de que a vontade de outro, nesse caso do homem, seja feita em lugar da vontade do criador. Esses individuos surgiram durante toda história do povo de Deus. Sempre existiu aquele grupo de homens que não se contenta com Deus. Escrevendo a Timóteo, Paulo chama esses de réprobos quanto a fé. Ainda Paulo diz que os que ensinam de tal forma se tornam inimigos da Cruz.

Eu já tinha pensado sobre tais homens. Então fiz o que acredito ser o certo. Comecei a pesquisar desde quando esses homens apareceram. Descobri então que não havia um homem, mas uma criatura. O que sabemos dessa criatura? Ela estava sendo usada pelo diabo, nosso adversário.

Isto posto, o que é que de fato tu estás querendo dizer Samuel? é a sua pergunta. Estou querendo dizer que, em consciência ou não, o homem que muda a verdade de Deus para satisfazer a vontade de um homem ou de muitos. Esses que se dão títulos afirmando que é um novo nível de autoridade que "Deus" lhes deu, então o outro titulo não os cabia mais. Mudam a verdade de Deus na intenção de ser amigo de gregos e troianos. Querem servir a Deus, mas prestando gentilezas ao mundo. Não são amigos do mundo, mas respeitam os mundanos.

Não para por aí! O que isso gerou?
Que falava em evangelismo perverteu a evangelização, transformando-a em método. Quem falava de missão, transformou a missão em uma atividade política. Os que admiravam a liturgia transformaram-na em uma tradição morta ou em um show, feito para os impios gostarem de Igreja. Os que deveriam pregara a fé verdadeira estão sendo "gentis" aos que não tem nada que ver com as coisas de Deus.

Dois problemas: primeiro, esquecem que o cristianismo sempre foi perseguido justamente por ser contrario aos padrões do mundo, Ou como já diria Stott, uma contracultura. Segundo pecam contra a soberania de Deus. Acerca deste ultimo ponto, o que dizer? É certo que somos pecadores, mas intentar contra Deus dessa forma e mais clara evidência de nossa depravação.

Sem mais para o momento,
Que Deus levante profetas para apregoarem a verdade das Escrituras.

No Cristo de Deus,
Samuel Alves
O Pregador