quarta-feira, 30 de setembro de 2015

16/08/1965-16/08/2015...e a obra ainda é santa.

Vendo somente título dessa postagem, você deve se perguntar: o que significa esse espaço de cinquenta anos? Eu de pronto lhe respondo: Jubileu de Ouro. Você achando minha resposta vaga, pergunta: de que Samuel? Eu, para não ser mais chato respondo: do hino oficial da Renovação Espiritual.

Faz muito tempo que não público nada. Me mudei! Esse fato quebrou meu ritmo de leitura, e por tabela meu ritmo de produção. Nada que atrapalhadas os sermões, mas atrapalhou o uso da pena. Para piorar meu computador quebrou. Por sorte, na verdade, decreto benevolente, o Blogger tem aplicativo para smartphone.

Tudo resolvido, voltei a leitura. Comecei pela biografia do pai do Presbiterianismo, John Konx, e comecei a ler o relato do início da obra de Renovação Espiritual e da autobiografia do Reverendo Pastor Rosivaldo de Araújo. Autor do aniversariante. Apesar de eu estar atrasado, em 16/08/2015, o hino da Renovação espiritual completa 50 anos. Pastor Rosivaldo já está na glória, mas meu desconhecimento dessa data me fez passar batido. Mesmo atrasado, quero fazer algumas considerações sobre todo o contexto histórico do hino.

O mundo ainda vivia os mesclados da segunda guerra. Revoluções em todas as áreas do conhecimento, cultura e tecnologia. No Brasil, vivíamos o início do que seria 20 anos de governo militar. As mudanças afetaram a Igreja. Vivia-se uma morbidez espiritual drástica. Cultos sem vida, pregadores sem vida, Igreja engessada. Em fim...o quadro não era bom. Até que Deus decidiu visitar seu povo. No início, às lutas não foram pequenas. Perseguições, ataques, divisão... Dlis fatos marcaram, em minha opinião esse momento. Primeiro a exoneração do Pastor Pedro Tavares, pastor da Igreja de escapadinha no Maranhão, que veio a Recife conhecer a obra de Renovação, e ao voltar a sua cidade descobriu que foi exonerado da Igreja, por que testemunhou que havia sido batizado no Espírito Santo.  O outro fato marcante, foi a expulsão do Pastor, ainda seminarista na época, Darcy Gulherme do Reis, por testemunhar que havia sido curado de úlcera.

No relato do Pastor Rosivaldo, ao entrar no seminário STBNB, encontrou Darcy chorando e dizendo que havia sido expulso do seminário por causa de Renovação, pegou Darcy pelos ombros e disse: essa obra é santa e ninguém detém! Voltou para sua casa afirmando a primeira frase do hino: esta causa é do Senhor. D. Miriam Amorim, sua esposa, lhe perguntou: onde você aprendeu esse corinho? Ele respondeu: foi o Senhor quem me deu agora enquanto vinha para casa.

Essa canção tornou-se o hino oficial de muitas Igrejas que abraçaram a obra de Renovação Espiritual, inclusive a CBN, instituição a qual Pastor Rosivaldo foi um dos fundadores, e membro de sua diretoria. Sem sobra de dúvida esse pobre "escritor/pesquisador" agradece ao Deus da obra, que de fato não pode ser detida, por ter dado esse hino que foi e é, mais que uma canção, um grito de guerra.

A 50 anos, foi dada a um grande servo de Deus essa canção, que continua sendo nosso grito de guerra contra os inimigos da obra. Afirmo, de minha parte, sabendo que tem outro comigo, que enquanto fôlego tivermos, trabalharemos para o Deus da Obra afirmando: Ninguém detém! É obra Santa! Essa causa é do Senhor.

Com lágrimas nos olhos,
E fogo no coração,
Samuel Alves
O Pregador.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A guerra contra a Verdade

Esses dias, lendo um precioso livro do Pr. John MacArthur com o titulo a guerra pela verdade, me deparei com a informação de como a Igreja tem lutado contra a verdade. Consciente de que essa luta não é de agora, muito menos é só minha, me deparei com alguns problemas que pontuarei aqui. Só para constar, não sou um desigrejado - grupo que considero um "filho" monstruoso do antigo gnosticismo e do moderno liberalismo - grupo esse que considero a mais nova arma do inimigo de nossas almas para minar a autoridade da Igreja. Falo do que vejo por que amo a Igreja, estudo a Igre e vivo nela a seu serviço.

Isto posto, vejamos o que tem me feito perceber que nossa luta é imensa. Que a batalha é sangrenta, mas que apesar dos fieis estarem lutando a massa está em um estado de hipinose esperitual, tomada de uma "golpelzidade morbida", o que torna nossa luta ainda mais ardua.

1· O pós modernismo evangelical.
Estamos vivendo a era que os especialistas denominam com pós moderna. Enquanto a modernidade foi caracterizada pelas revoluções e pelo abandono da fé, a evolução das ciências e todo o resto, a pós modernidade é caracterizada pelo seu relativismo. Para não me deter muito nesse ponto, este relativismo chegou de maneira sutil na Igreja, de modo que o movimento de Igrejas emergentes, por exemplo, já tem escritores que, hereticamente, afirmam que não podemos ter certeza do que a bíblia diz. Por outro lado, em muitas de nossas Igrejas ortodoxas, pastores que expoem a sã doutrina com firmeza são tidos com mal educados e deselegantes. Estes mesmos que outrora eram chamados de profetas e apologetas.

2· O Estrelismo vs Profetismo
Na Igreja da atualidade, a moda do momento é o Estrelismo. Pastores POPs tem tomado lugar debaixo das luzes da ribalta. Isso por que nossos pulpitos, que quando eu era garoto alguns ainda chamavam de Altar, estão mais parecendo um palco do que um pulpito. O motivo dessa tragédia é que o culto virou show e no lugar de um profeta chamando o povo ao arrependimento, colocamos uma estrela chamando o povo a um ajuntamento midiatico. Destituimos os profetas para, em seus lugares, colocarmos estrelas que agromeram em vez de servirem ao crescimento saldável da Igreja. Que entretem em vez de profetizar.

3· Crise vocacional e teológica.
Vivemos uma profunda crise nos nossos seminários. Acdemizamos demais as nossas casas de profeta, de modo que já existem seminários prostituidos e outros onde não se ensina mais com a bíblia aberta. Por outro lado isso é fruto de uma crise que se deu nos idos das decadas de 1970-80 onde rapazes inteligentes e bons articuladores de palavras eram enviados para o seminário. Problema? Sim! Inteligente todo vocacionado tem que ser. Mas nem todo inteligente é um vocacionado. Uma crise gerou a outra. Os caras não-vocacionados de ontem são os mestres de hoje. Não querendo generalizar, pois tem muitos servos fieis a visão, como dizia São Paulo apóstolo. Mas a coisa ta feia! Tem muito doutor com diploma mas sem fé. Sem generalizar é claro.

4· A sedução do intelectualismo.
Por causa dessa sedução, que para alguns é tão grande que chega a ser uma prostituição, haja visto que a simplicidade da piedade cristã é perdida. Desse ponto em diante começam uns flertes com o liberalismo e todos os seus filhos bastardos, a saber lideres que incluiram um discurso politico partidário em seus sermões. Foram seduzidos pelo canto da seria. Perderam o primeiro amor e precisam do ouro refinado do Senhor Jesus. Por causa destes homens a Igreja está linda. Climatizada, educada, como uma boa estrutura fisíca, mas o Mestre olha e diz: eis que estou a porta e bato. Quem está na porta a bater só pode estar do lado de fora da Igreja...

5· A inversão dos valores
Trocamos o culto pelo show. O pregador por um astro. A pregação por uma conversa... Tá tudo trocado! Trocamos a beleza da vocação pela influência dos diplomas. A sabedoria biblica pelo metodo de ganhar dinheiro, a saber o grande numero de pastores e lideres que tem deixado de estudar, em suas pós graduações, Exegese, Hermeneutica, História da Igreja, para fazer MBA. A riqueza de um sermão bem preparado, para uma aula sobre como fazer a Igreja crescer, ou como trazer mais um. A riqueza da pregação expositiva por uma "coisa" qualquer que seja baseada na mente do pregador, e não no texto sagrado.

Ainda cabe mais coisa, mas vou me deter por aqui.
Que o Deus de toda graça continue a nos aperfeiçoar por sua bendita misericordia. Que a nossa vida seja guiada pelo amor a vocação que nos foi dada de anuciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Que o nazareno crucificado no calvário seja nosso único alvo, por que só ele tem as palavras de vida eterna.

Sem mais,
Que o carpinteiro de Nazaré nos molde a sua vontade.
Em Cristo,
Samuel Alves
O Pregador.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Os filhos da serpente

A guiza de introdução, não é minha intenção aqui fazer uma exegese do texto, mesmo entendendo que ela estará presente na minha fala, fala está que faço por amor a Igreja e não por raiva dos que a corrompem. Vamos ao texto.

Gênesis 3:1-5
1 - ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
2 - E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3 - Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
4 - Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5 - Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

Ficou claro para você por que a serpente? Se não ficou, uma pergunta: o que foi que a serpente fez aqui? Como foi que a serpente iludiu Eva? Quero deixar claro antes de tudo, que não é minha intenção retirar o pecado da conta de Eva. Nem dizer que a cobra foi a culpada de tudo. Minha intenção é dizer, pontuando alguns fatos que desde que Deus falou que o inimigo de nossas almas tenta perverter, por meio de pessoas astutas, as verdades eternas expressas pelo Soberano.

Quem são os filhos da serpente?
Os filhos da serpente é toda aquele que, como disse anteriormente, perverte as verdades divinas afim de que a vontade de outro, nesse caso do homem, seja feita em lugar da vontade do criador. Esses individuos surgiram durante toda história do povo de Deus. Sempre existiu aquele grupo de homens que não se contenta com Deus. Escrevendo a Timóteo, Paulo chama esses de réprobos quanto a fé. Ainda Paulo diz que os que ensinam de tal forma se tornam inimigos da Cruz.

Eu já tinha pensado sobre tais homens. Então fiz o que acredito ser o certo. Comecei a pesquisar desde quando esses homens apareceram. Descobri então que não havia um homem, mas uma criatura. O que sabemos dessa criatura? Ela estava sendo usada pelo diabo, nosso adversário.

Isto posto, o que é que de fato tu estás querendo dizer Samuel? é a sua pergunta. Estou querendo dizer que, em consciência ou não, o homem que muda a verdade de Deus para satisfazer a vontade de um homem ou de muitos. Esses que se dão títulos afirmando que é um novo nível de autoridade que "Deus" lhes deu, então o outro titulo não os cabia mais. Mudam a verdade de Deus na intenção de ser amigo de gregos e troianos. Querem servir a Deus, mas prestando gentilezas ao mundo. Não são amigos do mundo, mas respeitam os mundanos.

Não para por aí! O que isso gerou?
Que falava em evangelismo perverteu a evangelização, transformando-a em método. Quem falava de missão, transformou a missão em uma atividade política. Os que admiravam a liturgia transformaram-na em uma tradição morta ou em um show, feito para os impios gostarem de Igreja. Os que deveriam pregara a fé verdadeira estão sendo "gentis" aos que não tem nada que ver com as coisas de Deus.

Dois problemas: primeiro, esquecem que o cristianismo sempre foi perseguido justamente por ser contrario aos padrões do mundo, Ou como já diria Stott, uma contracultura. Segundo pecam contra a soberania de Deus. Acerca deste ultimo ponto, o que dizer? É certo que somos pecadores, mas intentar contra Deus dessa forma e mais clara evidência de nossa depravação.

Sem mais para o momento,
Que Deus levante profetas para apregoarem a verdade das Escrituras.

No Cristo de Deus,
Samuel Alves
O Pregador


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A Igreja esqueceu! II

Essa semana, se não me falha a memoria, postei um artigo que destacava alguns pontos que este pregador acha que são nevrálgicos na conduta da Igreja brasileira. Hoje quero continuar a escrever mais alguns pontos sobre este assunto. Vamos lá! A Igreja esqueceu:

Esquceu que o Evangelho era maior que o evangelista. Quando Jesus Cristo designou a grande comissão, ele não condicionou a pregação aos ricos famosos ou midiaticos. Não! Muito menos deixou espaço para que o nome dos apóstolos se tornasse mais importante que o Seu. Eles fizeram do jeito certo. Veja, por exemplo, qual era a postura de Paulo escrevendo aos Filipenses por ocasião de sua prisão. Paulo deixou claro que sua prisão foi motivo de Alegria e não de tristeza, haja visto que os membros da guarda pretoriana estavam cientes de que a causa de sua prisão era Cristo. Fl. 1.12. Na Igreja tupiniquim... nós temos visto tantas aberrações que eu vou ficar com a excelência da piedade apostólica.

Esqueceu que a pregação é maior que o pregador. Quando Paulo escreveu a seu filho na fé, em II Tm 4.2, ele deixou claro que o conteudo da pregação é a palavra. Isso é um imperativo! Não foi dado como orientação a Timóteo que ele podia dizer o que achava, ou tinha que se apegar a regras cientificas. Não! Timóteo não tinha nemhum direito de auterar a pregação como feita no modelo apostólico. A palavra tem que ser pregada. Ele deve ser o conteudo da pregação. Outra coisa, o conhecimento ou nível academico do pregador deve ser reduzido a nada. A palavra tem que ser pregada, não existe opção.
O modo está no imperativo, não é um convite, é uma ordem.

Esqueceu que a Igreja é maior que o templo. Nunca vimos tanto dinheiro empregado na construção de templos cristãos como nesses 20 anos. Não que eu seja contra a construção de uma lugar para a Igreja adorar a Deus. Não que seja um pecado uma congregação dedicar as entradas financeiras para contruir um templo com um bom departamento de educação religiosa, ou uma escola para educação básica. Isso é muito útil! Mas não podemos esconder o fato de que é desprezível a enfase que nossos pastores estão dando a templos, a um ponto de caracterizar o sucesso de um ministério por causa do tamanho do templo onde se encontra a Igreja que você apascenta. A regra é clara! Onde esteverem os eleitos de Deus, ali estaremos nós, independente de ali ter uma catedral ou um terraço de uma casa, ou mesmo uma chopana de chão batido. A Igreja de Cristo é maior do que qualquer templo cristão. Seja a catedral de São Pedro ou as masmorras das casas pretorianas. Se ali está a Igreja, ali estaremos nós.

Por ultimo, mas sendo o ponto mais gritante, esqueceu que o Senhor é maior que o servo. Ouve uma tempo em que os homens andavam e as pessoas diziam: vejo que esse é uma Santo homem de Deus. Na Igreja moderna os homens se intitulam. O homem de Deus, profeta do Senhor, amigo do Espírito Santo, etc. O problema é que exatamente nessas igrejas onde a doutrina de Cristo é mais sonegada. Entre nessas ditas igrejas apostólicas e perceba que pouco de Cristo tem em seu culto e em sua pregação. As pregações são deploráveis. Os canticos são para massagiar o ego de gente doente, que não tem a capacidade de derramar seu coração na magnifica presença de Deus. Que não será confrontada com o o evamgelho de Cristo. Que nunca deixará de correr atrás de modismos e modelos por que não conhece o cocelho de Deus.

Me permitam um testemunho daquilo que vi. Não me foi contado, eu vi. Um desses apóstolos modernos em sua programação na TV, colocou uma videoclip de uma música que ensenava a passagem da fornalha de fogo ardente. Dn 3. Na hora que a música foi falar do quarto homem, uma imagem do dito apóstolo apareceu. Repito. Bem na hora de aparecer o quarto homem, apareceu a imagem do dito cujo. Irmãos, isso está acontecendo aqui. Não está longe. Falando de uma forma geral, Jesus está na porta da Igreja brasileira esperando que alguem abra para que ele possa entrar e ceiar com os que estiverem lá dentro.

Sem mais para o momento,
Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, abra nossos olhos espirituais e resgate nossa nação.

No Nazareno,
Samuel Alves
O Pregador

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Igreja esqueceu!

Eu pesnsei em começar esse artigo com uma declaração. No entanto, decidir começar meu texto com uma declaração.

Por causa da ação de um grupo extremista, os crentes estão com a mania de dizer que tem uma perseguição global ao cristianismo. Mas senhores, NUNCA DEIXOU DE TER! A única diferença, é que a Igreja moderna esqueceu, o que a Igreja primitiva deu a vida para não perder,

Isto posto, vou pontuar algumas coisas que considero vitais para a Igreja, que os crentes modernos esqueceram. E por esqueceram entenda-se também abandonaram. A Igreja brasileira esqueceu:

Em primeiro lugar, esquecemos da doutrina. Em alguma momento da história, a igreja moderna achou que tinha o direito de fazer livre interpretação das Escrituras. Além de ser esse ato de um narcisismo maligno, é uma erro histórico, uma detrupação do que lutero ensinou, haja visto que ele era militante em defesa do livre exame, que tinha como alvo a bíblia em lingua vernacula para que os crentes podessem ler e se livrar do peso das heresias papistas e não que qualquer um levantasse um papado para si.

Em segundo lugar, esquecemos da praxis. Enquanto os históricos continuam defendendo a boa ortodoxia, os modernos defendem a ortopraxia. O problema é que os dois grupos adoeceram. O primeiro criou um ortopraxia sintetica. Uma forma de conduta onde eles vivem um cristianismo insipto, incolor e inodoro. O segubdo grupo criou uma teologia sem base. Tentou construir uma casa na areia. E mesmo sabendo que o mestre usou esse exemplo como ilustração, continuou forçando a barra. A complicação se faz aqui. Os primeiros são tão pobres quanto os ultimos, e ainda pior, são pobres por que lembram da doutrina de Atos 2, mas esquecem do partir do pão de Lucas 24. 30,31. Uma coisa não existe sem a outra, mas  ortodoxia morta é coisa do adversário.

Em terceiro lugar, esquecemos do serviço. Muitas vezes a toalha enrolada na cintura é só uma parte da liturgia, e as vezes nem isso é.
Essa semana escutei da boca de uma irmã que foi barrada de entrar no templo sede de sua Igreja, por que é negra, pobre e mora na favela. Isso é o oposto do ensinamento do mestre. Quando vieram saber de Jesus por ordem do Batista, o mestre enfatizou os pobres como alvo da pregação. Além disso, nossos cultos que outrora eram mais fervorosos e ludicos, se tornaram um show. Culto feito para atrair pecadores e não para confronta-los. Igrejas que em nome do "atrair as multidões" perderam sua identidade doutrinaria e liturgica. Só uma frase em tom de desabafo: as pessoas não são justificativa abrir mão da doutrina.

Em quarto lugar, a Escritura. Ta preparado para ler o que vem agora?
Então lá vai. Quem foi o discipulo de Judas Iscariotes, filho da perdição, servo do decaido que disse pra um meia duzia de blasfemos que a graça anulou a lei? Que conversa é essa? Será que esse homens nunca pararam para pensar que o fim da lei, nos dois sentidos é Cristo? E que o fato dele ter cumprido a lei deixa claro que a lei não foi estabelecida por Deus para ser anulada pela Cruz? E isso é assim, o pior não é existir quem ensine e quem aprenda essas coisas. Mas é quem deixe a fé verdadeira para seguir esses hereges.

Tem mais. Por que paramos de gastar tempo com as Escrituras? Por que aceitamos esse fest food no pulpito? Quando Paulo chamou Timóteo na segunda carta, II Tm 4.2, que ele pregasse a palavra. Não foi pedido a ele que estudasse as Escrituras e dissesse o que ele achava, mas o que a Escritura achava. Esse é o imperativo. Pregue a palavra. Essa é uma boa hora de traduzir esquecer por abandonar.

Em quinto lugar, esquecemos o corpo e o sangue. Eu tenho 28 anos de idade. Não obstante, me atrevo a dizer que sou de uma época onde os pastores reservavam seu melhor terno para o dia da Santa Ceia. Hoje.....até pode ser Ceia, mas tem lugar que deixou de ser Santa faz tempo. Não tem boa música, a pregação que deveria ser sobre a obra de Cristo se tornou algo que não tem mais. Sei de Igrejas onde o Pastor ministra a Ceia de boné e regata. Lembrei-me do saudoso Dom Robinson Cavalcanti que certa feite me fez lembrar que a mesa nem era Batista nem era Anglicana, era do Senhor....

Em sexto lugar, por que se eu não terminar vai virar um livro, esquecemos da Cruz. Esquecemos da Cruz.

Sem palavras e com tristeza no coração,
Samuel Alves
O Pregador

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Para que serve a doutrina?

Certa feita foi indagado por uma rapaz membro de uma Igreja histórica confessional. Ele me fez uma pergunta pertubadora: pra que serve a doutrina? Ela não utilidade para mim. Entendo seu choque! Mas vou expor os argumentos do rapaz e você verá que ele estava apenas sendo fruto de um contexto.

Primeiro argumento: eu amo Jesus e sei que ele me salvou. Mas qual a finalidade que tem eu ter que ouvir isso toda pascoa?

Segundo argumento: eu sei que a salvação pertense a Deus, mas por que eu tenho que sair sem resposta para meu sofrimento, só por que Deus é um cara monotemático?

Terceiro argumento: Deus ama minha família, mas onde está o problema de haver um culto onde o sermão fosse ministrado para a família e sua manutenção a luz da Escritura?

Quarto argumento: Por que eu tenho que ouvir um sermão sem lagrima e sem paixão só por que meu pastor tem tendência calvinista?

Por que? Por que?  Por que?

Se você já leu tanto quanto eu, e olha que foi bastante, sobre pregação e teologia pastoral, deve ter percebido que o problema não estar no jovem rapaz. Não tinha nada de errado com ele. Se você ja leu Eu creio na pregação, de John Stott, você percebu que este pastor precisa aprender a fazer pontes das verdades antigas para o ouvinte moderno. Se já leu pregação expositiva, de Hernandes Dias Lopes, percebe que esse pregador não sabe fazer aplicação das verdades que prega.

Em algums pontos, me premita corrigir os erros desse irmão baseado no tanto que já li sobre o assunto, e o que eu vivo em nossa Igreja.

Primeiro,  as doutrinas biblicas, todas elas, tem aplicação pratica para nossa vida.
A finalidade da doutrina é justamente fornecer base e orientação para a nossa conduta. Quando nossa conduta não vai bem, é por que nós ou não estamos aprendendo a doutrina ou não estamos praticando o que aprendemos.

Segundo, se o rebanho não sabe aplicar a doutrina a vida, isso já é culpa do pastor.
Vamos partir de duas primicias. Primeiro, precisamos entender que o carro chefe do pastorio é o pulpito. Ou seja, pastor que não gosta de pregar se perdeu no meio do caminho. Segundo, é função do pastor aplicar as verdades biblicas para os crentes. Não sou católico! Eu creio no sacerdocio universal de todos os crentes. Mas Cristo deu uns para pastores. Ef. 4.11. E é função deles aplicar as doutrinas na vida pratica dos crentes.

Muitos pastores historicos, principalmente os que tem postura reformada, como eu, ou tendência para o pensamento calvinista, estão desenvolvendo dureza e infelxibilidade. Tem muita luz na cabeça, mas falta amor no coração. Lembro de uma certa feita onde eu e uma pastor Presbiteriano, amigo de longas datas, tivemos que dar um prensa em um seminarista de linha reforma, por que o muleque, perdeoem a o termo, chegou a afirma a uma irmã de segmento pentecostal que o fato dela crer na contemporaneidade dos dons era uma afronta a Deus, e que num culto onde a manifestação carismática é atuação satanica.

Meus amados, aos que me conhecem, sabem que minha intenção não era boa. Mas o eleito que estava comigo, conseguiu me acalmar. Por sorte, conseguimos fazer esse irmão calar a boca. Mas infelizmente ele continuou a fazer fogo de monturo na Igreja e depois caiu da graça.

Terceiro, está sobrando mestres e faltando pastores. 
Nossos seminatristas são otimos no ensino, pensam eles, mas execráveis no trato com as ovelhas. Esquecem que muitas vezes nós pastores temos que chorar com um irmão pecador que traiu a esposa, mas não quer perder a família. Ou chorar junto com um casal que acaba de perder o seu primeiro filhinho....

Quarto, em minha face mais xiita, acredito que esses não tiveram sua vocação manifesta e outros tais nem vovacionados são. Apenas falam bem e sabem articular respostas.

Crendo que não encerrei o assunto, mas que já falei bastante, fiquemos por aqui. Que o altissimo continue a dar patores a Igreja segundo o seu coração, por que tem um monte de pistolão colocando engodo. Nossa esperança é que Cristo vai por o joio no fogo.

No Nazareno,
Samuel Alves
O Pregador.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Nos ombros de um gigante

Conversando um dia com um velho professeor, ele me disse a seguinte frase: você tem até o direito de não ser calvinista, mas nunca poderá entender a reforma sem estudar Calvino, e dificilmente terá um entendimento profundo, teoricamente falando, da glória de Deus, se decidir não ler os seus escritos.

Depois que eu entendi que por teoricamente ele se referia a embasamento, ou exposição do assunto, acabei subscrevendo essa afirmação. Isso pode gerar na sua cabeça a seguinte indagação: um Batista que defende Calvino? Sim! Primeiro que defender, melhor estudar Calvino, não quer dizer que alguém seja calvinista. Segundo, ainda que um Batista de berço, como é meu caso, seja calvinista, ele está apenas retornando ao seu "estado original".

Mas seu eu sou calvinista ou não, vou deixar por conta de suas expeculações. No entanto, quero fazer algumas considerações em defesa do reformador genebrino.

Primeiro, Calvino era um homem de fisíco limitado, mas de uma mente ilimitada. Foi ele que, em Genebra, conseguiu muitas vitórias nos campos social, religioso e juridico. Sua mente foi colocada, por ele mesmo, a disposição da glória de Deus, de modo que em todas as areas onde ele foi chamado para trabalhar, ele foi uma benção para as pessoas e um arauto da glória de Deus.

Segundo, foi a mente desse homem que enriqueceu a igreja ocidental do sec. XVI. Não só as Institutas, mas todos os seus textos, suas cartas, comentarios bíblicos e todo o que ele produziu para a Igreja e em prol da telogia foi uma contribuição espetacular para a Igreja.

Terceiro, as Institutas, sua magna opus, foi produzida para glorificação do reino e não de seu nome. É de conhecimento de poucos que quando Calvino escreveu as Institutas, sua intenção era o fortalecimento dos seus conterraneos que tinha se covertido a fé reformada, mas não tinha o devido conhecimento sobre a fé biblica. E também ajudar esses santos fortalecendo sua fé por meio desta obra.

Quarto, foi o grande teologo da reforma, mas como os outros não queria um cisma e sim uma reforma. Escrevendo para algum de seus correspondentes, ele afirmou que se preciso nadaria sete mares para unificar a igreja. Deixando claro, pelo menos para esse leitor da história, que o seu alvo era mesmo fazer a vontade de Deus e viver para a sua poderosa glória.

Quinto, Calvino foi o advogado de nossa herança. Sem sombra de duvida, os nossos pais avivalistas, pregadores da palavra de Deus, aprenderam com Calvino. Ele quem foi o grande exegeta da Igreja ocidental. Acredito que sem a contribuição de Calvino a igreja teria perdido muito, assim como creio que ela perde quando decide não respeitar a herança que nos foi deixada por esse santo servo de Deus.

Isto posto, algumas coisa retiramos de lição da vida de Calvino e de seu ministério para a busca de uma teologia pastoral realmente biblica.

» Precisamos viver, estudar, pregar e trabalhar para a glória de Deus.
» Devemos buscar a glória de Deus como alvo de nossa vida. A ponto de nossa teologia ser um desdobramento de nossa vida.
» Temos que dedicar tempo e trabalho para o estudo das Ecrituras.
» Cristo e os Apóstolos devem ser nossos guias na tarefa de purificar e reformar a Igreja.
» Precisamos cuidar da cidade por meio do pulpito, e das pessoas por meio do amor cristão. Isso é, ver o evangelho integral de Cristo.

Que o altissímo nos ajude na tarefa de reformarmos a Igreja brasileira em sua forma e essência, para que o reino de Deus seja engrandecido atraves de um igreja biblica e pura, que tenha luz na mente, mas também fogo no coração. Uma igreja que tenha uma vida pura, um clero pura e uma teologia pura para a glória de Deus.

No Nazareno,
Samuel Alves,
O Pregador.