quinta-feira, 4 de junho de 2015

A guerra contra a Verdade

Esses dias, lendo um precioso livro do Pr. John MacArthur com o titulo a guerra pela verdade, me deparei com a informação de como a Igreja tem lutado contra a verdade. Consciente de que essa luta não é de agora, muito menos é só minha, me deparei com alguns problemas que pontuarei aqui. Só para constar, não sou um desigrejado - grupo que considero um "filho" monstruoso do antigo gnosticismo e do moderno liberalismo - grupo esse que considero a mais nova arma do inimigo de nossas almas para minar a autoridade da Igreja. Falo do que vejo por que amo a Igreja, estudo a Igre e vivo nela a seu serviço.

Isto posto, vejamos o que tem me feito perceber que nossa luta é imensa. Que a batalha é sangrenta, mas que apesar dos fieis estarem lutando a massa está em um estado de hipinose esperitual, tomada de uma "golpelzidade morbida", o que torna nossa luta ainda mais ardua.

1· O pós modernismo evangelical.
Estamos vivendo a era que os especialistas denominam com pós moderna. Enquanto a modernidade foi caracterizada pelas revoluções e pelo abandono da fé, a evolução das ciências e todo o resto, a pós modernidade é caracterizada pelo seu relativismo. Para não me deter muito nesse ponto, este relativismo chegou de maneira sutil na Igreja, de modo que o movimento de Igrejas emergentes, por exemplo, já tem escritores que, hereticamente, afirmam que não podemos ter certeza do que a bíblia diz. Por outro lado, em muitas de nossas Igrejas ortodoxas, pastores que expoem a sã doutrina com firmeza são tidos com mal educados e deselegantes. Estes mesmos que outrora eram chamados de profetas e apologetas.

2· O Estrelismo vs Profetismo
Na Igreja da atualidade, a moda do momento é o Estrelismo. Pastores POPs tem tomado lugar debaixo das luzes da ribalta. Isso por que nossos pulpitos, que quando eu era garoto alguns ainda chamavam de Altar, estão mais parecendo um palco do que um pulpito. O motivo dessa tragédia é que o culto virou show e no lugar de um profeta chamando o povo ao arrependimento, colocamos uma estrela chamando o povo a um ajuntamento midiatico. Destituimos os profetas para, em seus lugares, colocarmos estrelas que agromeram em vez de servirem ao crescimento saldável da Igreja. Que entretem em vez de profetizar.

3· Crise vocacional e teológica.
Vivemos uma profunda crise nos nossos seminários. Acdemizamos demais as nossas casas de profeta, de modo que já existem seminários prostituidos e outros onde não se ensina mais com a bíblia aberta. Por outro lado isso é fruto de uma crise que se deu nos idos das decadas de 1970-80 onde rapazes inteligentes e bons articuladores de palavras eram enviados para o seminário. Problema? Sim! Inteligente todo vocacionado tem que ser. Mas nem todo inteligente é um vocacionado. Uma crise gerou a outra. Os caras não-vocacionados de ontem são os mestres de hoje. Não querendo generalizar, pois tem muitos servos fieis a visão, como dizia São Paulo apóstolo. Mas a coisa ta feia! Tem muito doutor com diploma mas sem fé. Sem generalizar é claro.

4· A sedução do intelectualismo.
Por causa dessa sedução, que para alguns é tão grande que chega a ser uma prostituição, haja visto que a simplicidade da piedade cristã é perdida. Desse ponto em diante começam uns flertes com o liberalismo e todos os seus filhos bastardos, a saber lideres que incluiram um discurso politico partidário em seus sermões. Foram seduzidos pelo canto da seria. Perderam o primeiro amor e precisam do ouro refinado do Senhor Jesus. Por causa destes homens a Igreja está linda. Climatizada, educada, como uma boa estrutura fisíca, mas o Mestre olha e diz: eis que estou a porta e bato. Quem está na porta a bater só pode estar do lado de fora da Igreja...

5· A inversão dos valores
Trocamos o culto pelo show. O pregador por um astro. A pregação por uma conversa... Tá tudo trocado! Trocamos a beleza da vocação pela influência dos diplomas. A sabedoria biblica pelo metodo de ganhar dinheiro, a saber o grande numero de pastores e lideres que tem deixado de estudar, em suas pós graduações, Exegese, Hermeneutica, História da Igreja, para fazer MBA. A riqueza de um sermão bem preparado, para uma aula sobre como fazer a Igreja crescer, ou como trazer mais um. A riqueza da pregação expositiva por uma "coisa" qualquer que seja baseada na mente do pregador, e não no texto sagrado.

Ainda cabe mais coisa, mas vou me deter por aqui.
Que o Deus de toda graça continue a nos aperfeiçoar por sua bendita misericordia. Que a nossa vida seja guiada pelo amor a vocação que nos foi dada de anuciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Que o nazareno crucificado no calvário seja nosso único alvo, por que só ele tem as palavras de vida eterna.

Sem mais,
Que o carpinteiro de Nazaré nos molde a sua vontade.
Em Cristo,
Samuel Alves
O Pregador.