quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

As Confissões e a Igreja Brasileira

Tenho participado de vários grupos que buscam apoio nas confissões de fé para refazer a conduta da Igreja ou tira-la desse lugar lamacento que ela decidiu andar nos últimos dias. É bem verdade que a Igreja moderna tem feito isso não só por ignorância, mas também por obstinação e apostasia. Mas vamos analisar algumas coisas que necessitam ser esclarecidas.

Em Primeiro lugar, falta de Teologia bíblica não é ausência de confissão, é ausência de Púlpito. É bem possível que uma Igreja que não tenha confissão consiga se manter fiel a sã doutrina. Com isso não estou dizendo que as confissões são coisas descartáveis, mas muitas vezes nós estamos desculpando muita gente desonesta e ignorante que não sabe sistematizar o ensino das Escrituras e não o faz por não querer se despir de seus erros. Erros teológicos não podem ser desculpados por ausência de confissão, pois temos a Escritura.

Em segundo lugar, as confissões não existem para facilitar o Trabalho pastoral ou definir a conduta da Igreja, mas para facilitar as doutrinas e expor as mesmas de maneira mais didática. Sem muita explicação, quem rege a Igreja não são as confissões e sim as Escrituras. No entanto, fazemos uso das confissões na intenção de sintetiza-las , para melhor entendimento dos Santos e dos Catecúmenos. O trabalho pastoral vai ser sempre trabalho árduo, e nada vai mudar isso a não ser abandono dos princípios expostos nas sagradas Escrituras.

Em terceiro lugar, as confissões devem ser aplicadas como uma forma didática de entendermos a Bíblia. O que são as confissões? Em uma frase só, as confissões são uma síntese de Teologia Sistemática. Nós sistematizamos a teologia bíblica e depois a compactamos para ficar como afirmações tópicas ou uma lista de perguntas e respostas.

Em quarto lugar, e no momento finalizando o artigo e não o assunto, a Igreja Brasileira está decaindo em sua teologia e conduta, não por falta de Confissão, mas por falta de caráter. O problema da Igreja Tupiniquim, como diz o amado Pr. Renato vargens, é que ela gosta dos fenômenos gospel da música, gosta dos profetas da prosperidade e até respeita os profetas que o Senhor levanta pregando a verdade, mas depois se rende a espírito do engano.

Não estou dizendo que vou parar de lutar pelo retorno da Igreja Brasileira as Confissões de Fé, mas estou querendo mostrar que o problema é maior do que, talvez, estejamos vendo.

Em Cristo,
Samuel Alves, O Pregador

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A Suficiência e a Supremacia de Cristo

Como já expliquei em outros posts que estou me preparando para expor a carta de Paulo aos Colossenses. Para isso fiz minha pesquisa em vários textos e comentários, já que os sermões serão todos expositivos, como bom herdeiro da Reforma não faria diferente. Entre os textos lidos estavam o lançamento do Reverendo Augustus Nicodemus Lopes, que me inspirou a dar nome a este artigo.

Entendendo a profundidade do tema comecei a ouvi sermões que falassem desse tema, me lembrei também do solus christus, que colocou a cristologia de novo no lugar central da fé cristã. Mesmo assim entendi que o assunto ainda poderia render muito mais do que eu estava conseguindo ir. Foi por este motivo que me lembrei de texto de Paulo ao Coríntios, em sua primeira carta no capitulo 3.11 que diz: Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Partindo desse santo principio quero pontuar algumas coisas:

1 Se o problema do Brasil, e eu tenho plena certeza disso é na Dogmática, então nossa Cristologia também está com problemas.
Não precisamos ser profetas para entender que um grupo de pessoas que só querem uma parte do poder de Jesus não entendem nada de quem ele seja. Se não entendemos nada de quem ele seja nossa pneumatologia está errada e nossa missão tende a ser uma atividade comercial que leva apenas os nomes de homens e muitas vezes se torna algo espúrio.

2 Se nossa Cristologia está errada, nos fazemos missão em nome de quem?
Quando Jesus enviou os 70, ele os deu uma credencial. Em meu nome. Mas o que significa o nome Cristo para nós? Como podemos utilizar uma autoridade se nem conhecemos a pessoa que nos delegou tal autoridade? O resultado de tal insulto é uma ênfase no crescimento da Igreja que não promove mudança nenhuma na comunidade a não ser na infraestrutura do local onde o templo se localiza.

3 Nosso problema não é com a Supremacia de Cristo. E sim com a Suficiência de Cristo.
Se você andar por sua cidade vai perceber que são exatamente nas Igrejas onde a expressão Jesus Cristo é o Senhor aparece, onde mais se busca outra coisa além de Cristo para satisfazer a fé dos homens. Na macha para Jesus, que não opinião deste singelo “escritor” é o maior embuste da fé evangélica brasileira, o que mais se diz é Jesus Cristo é o Senhor. Mas isso os falsos mestres judaizantes de Gálatas já diziam. Isso os falsos mestres esotéricos de Colossos diziam. Mas em suas praticas Cristo não era suficiente.

4 Se não há suficiência de Cristo, não pode haver Igreja.

Veja Mateus 16:18

18 - Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;

O verbo edificar está no futuro por que é a partir da Cruz é que surgi Igreja. Não existe Igreja sem Cristo. Não existe vida sem Cristo. Aliás, o céu só é céu por causa de Cristo. Então:

5 Além de Suficiente, Cristo é Absoluto.
Como fica claro no texto de Paulo, não podemos aceitar outro fundamento, por que Cristo é o fundamento que já está posto. Tudo é por causa dela. No sermão do monte, no capitulo 7 de Mateus, a coisa mais importante é o fundamento. Não é a beleza da casa nem sua luxuosidade, mas seu fundamento. A beleza e o luxo não suportam a tempestade, nem o vento ou a chuva.

Concluo dizendo o que o temos esquecido. Jesus é o único fundamento. Como minhas palavras são poucas, me abrigarei na história. A Declaração de Cambridge diz:

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra meritória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para a nossa justificação e reconciliação com o pai.

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e em sua obra não estiver sendo invocada.

Somente Cristo

Avivamento Já! Começando em mim!!!


Samuel Alves, O Pregador.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Eu sou Herdeiro

Os meus amigos mais íntimos sabem que sou um quarteteiro irrecuperável. Como tal sou fã de carteirinha dos Arautos do Rei, o quarteto oficial da Igreja Adventista do Brasil. Antes que algum dos meus leitores queira me lembrar da questão do fato e da maioria dos estudiosos afirmarem que eles são uma seita, quero lembra-los que Thalles Roberto sozinho em alguns anos de fama já cantou mais heresias do que eles em 50 anos de carreira, e 26 formações.

Mudando de assunto, ou continuando o mesmo, recordei do que de fato nos gabarita a sermos pregadores. Não somos apóstolos, nem reclamamos para nós uma autoridade que não temos. No entanto, somos herdeiros de tudo o que foi deixado para nós pelos pais da Igreja, pelos reformadores e pelos pioneiros, por meio de quem Deus nos fez saber da poderosa mensagem.

Quero, entretanto, acrescentar que nós temos autoridade apostólica sim. No entanto essa autoridade não nos gabarita a sermos chamados de apóstolos ou afirmar coisas que não estão nas Escrituras para defendermos os nossos pontos de vista. Quero ser ainda mais polêmico. Eu não tenho nenhum rancor contra esses tais que “apostolicamente” se intitulam. Pelo contrario, eu os amo. Mas meu amor por eles me faz orar para que eles abram os olhos e saiam desse engano terrível que é lançado em nossos corações neste tempo mal.

Meditando na carta de Paulo aos Colossenses, nós vamos encontrar um irmão precioso em Cristo chamado Epafras, a quem Paulo chama de Fiel ministro de Cristo, depois de dizer aos irmãos de quem vós aprendeste. Quando a heresia começou a tirar Cristo do seu lugar de direito, ele correu atrás de Paulo e avisou que havia problemas e esperou do apóstolo uma resposta para dar resolução ao problema que tinha sido instaurado pelos falsos mestres. Aliás, esse servos de Satã estou atacando a Igreja desde a época de Paulo e hoje não é diferente...

Referindo-me mais uma vez aos AR, esses dias assistindo um DVD do grupo, vi e ouvi quando o Baixo da atual formação disse, em outras palavras: o que nos colhemos foi plantado por outros. Esse é pensamento que está faltando na liderança da Igreja Brasileira e nos púlpitos em geral. Vemos um numero absurdo de Pastores que pregam baseados na sua própria autoridade, ou pior na autoridade de homens a quem Deus não deu autoridade. Pessoas que esqueceram que nós somos os despenseiros. Mordomos e não senhores. Não governamos, administramos.

Deus nos ajude! Que o nosso espírito esteja como a alma aquietada de uma criança que acabou de mamar. Sl 131. 2.

Avivamento Já!!!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Li Pouco

Meus amados, como vocês verão no ano que passou e li pouco. Mas vou colocar a lista de 
minhas leituras para vocês. Feliz ano novo! Feliz novas leituras!

* Teologia da Igreja - Dewey M. Mulholland
* O perfil do pregador - John Stott
* Reforma Agora - Renato Vargens
* Reforma, ontem, hoje e amanhã - Carl Trueman
* Pregação Expositiva - Hernandes Dias Lopes
* Piedade e Paixão - Hernandes Dias Lopes
* Morte na Panela - Hernandes Dias Lopes
* A Igreja Apostólica-Que significa isso - Thomas Witherow
* O que é uma Igreja saudável - Mark Dever
* Uma Igreja com propósitos - Rick Warren
* Para onde caminha a Igreja - Hernandes Dias Lopes
* Gênesis 1 e 2 - Adauto Lourenço
* O Evangelho Maltrapilho - Brennan Mannig
* Entenda a Fé Cristã - Wayne Grudem
* A Bíblia e sua Família - Augustus Nicodemos
* O Simbolo Perdido - Dan Brown
* Família de alta performance - Içami Tiba
* O culto segundo Deus - Augustus Nicodemus
* Para onde vai a Igreja - Eddie Gibbs

É eclético por que gosto de ler assim.